O despreparo dos organizadores do Carpina Kart Racing ficou evidenciado nas entrevistas concedidas
Um dos organizadores, Adevandio Bastos se isentou da responsabilidade pela morte do piloto Fernando Lopes,
dizendo que ninguém foi obrigado a correr. Declarando-se incapaz de
falar sobre detalhes como a autorização para a realização do evento,
Bastos indicou o nome de um de seus sócios, Edilson Pedro, para tratar o
assunto. Este, por sua vez, garantiu não ter nada a ver com a
organização da prova.
A denúncia de que a corrida fora organizada
de maneira clandestina foi feita pela Federação Pernambucana de
Automobilismo. Ainda assim, a realização da corrida fora liberada pela
prefeitura de Carpina. “O alvará foi concedido pela prefeitura. É só o
que eu sei. Minha parte é mais ligada à parte de publicidade”, destacou,
antes de isentar-se de qualquer responsabilidade pela morte do piloto,
que segundo a Federação, também não tinha habilitação para participar de
uma prova de kart. “Não me sinto responsável de forma alguma. Só fiz a
divulgação. Não obriguei ninguém a correr”, respondeu. “Não vai adiantar
descobrir se houve negligência ou não. Isso não vai trazer a vida do
rapaz de volta”, minimizou.
Bastos revelou ainda que a prova é
organizada por um grupo de sócios, e indicou um deles, Edilson Pedro,
como o principal deles. O mesmo nome fornecido pelo prefeito Carlos Vicente de Arruda Silva,
como sendo o responsável pela organização da prova. Edilson,
entretanto, garantiu não ter nenhuma ligação com o evento. “Não sei o
que aconteceu. Na hora, eu nem estava na pista. Só sei o que vi na
internet. Não participo da organização”, despistou. Ao ser confrontado
com as citações do prefeito e de Advanildo Bastos, Edilson ainda
rebateu: “Eles estão falando uma coisa e eu estou falando outra. É
melhor você ir perguntar lá no velório”, desligando o telefone em
seguida.
Informações Super Esportes