sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Clima volta a ficar tenso nas obras da Refinaria Abreu e Lima


Funcionários da Conest estariam impedindo o acesso de trabalhadores às obras da refinaria. Houve corre-corre e a polícia está no local

Policiais chegam até o local do conflito / Foto: Fábio Mendes/Rádio Jornal



Dois dias após cenas de guerra tomarem conta das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Suape, em virtude de um confronto entre policiais e trabalhadores, o clima voltou a ficar tenso no local. Segundo relatos de trabalhadores, funcionários do consórcio Conest estariam empunhando canos de ferro e chegaram e até armas para impedir que as pessoas pudessem chegar ao trabalho. Houve corre-corre e a polícia foi chamada para intervir. O Batalhão de Choque (BPChoque) está no local e um helicóptero da Secretaria de Defesa Social (SDS) também foi deslocado para acompanhar a movimentação.

Na última quarta-feira (8), trabalhadores da refinaria não aceitaram a proposta feita pelo sindicato da categoria e partiram para a agressão física. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas (Sintepav) foram apedrejados pelos trabalhadores, que não aceitam o reajuste salarial de 10,5% proposto pelo Sintepav. Vários ônibus foram queimados. A polícia precisou atirar balas de borracha contra os manifestantes. Algumas pessoas ficaram feridas.

O sindicato queria fazer um acordo com as empresas para evitar o desconto dos dias parados. A intenção era evitar que o trabalhadores fossem punidos não só pelos dias parados, mas pela suspensão da cesta básica e do programa de participação nos lucros. Durante a confusão, os representantes do sindicato precisaram se esconder, com medo de serem mortos pelos trabalhadores revoltados.


Do JC Online