segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Projeto de professor de Itambé faz alunos se tornarem celebridades pela fotografia

Para atrair os alunos e inseri-los na fotografia como expressão artística, um professor da Escola de Referência Frei Orlando, em Itambé, na Mata Norte, deu início ao projeto “Eu sou uma obra de arte”. A ideia do professor Jayse Antônio fez os estudantes descobrirem semelhanças físicas entre eles e pessoas famosas, incluindo obras de arte, como a Monalisa, pintura clássica de Leonardo Da Vinci. 

Caracterizados e fotografados como os personagens, os alunos vivenciaram novas experiências e prepararam uma exposição do trabalho, que começou no último dia 9, na Biblioteca Municipal de Pedras de Fogo, município vizinho no estado da Paraíba.

De acordo com o professor, o projeto foi uma maneira para quebrar preconceitos. “Percebia que para os alunos, alguém bonito é aquele que se encaixava nos parâmetros europeus. Loiro, de olhos claros, alto. Depois do projeto, eles puderam perceber que todos possuem sua beleza, mesmo com características diferentes das impostas pela sociedade. Foi uma alavanca para a autoestima de muitos,” explicou Jayse.

A exposição revelou 29 fotografias, sendo 14 resultados da primeira edição do projeto, do ano passado, e 15 fotos registradas este ano, durante outubro. “Esta edição do projeto conta com 14 fotos de alunos e uma do professor de matemática e química, Júnior, que posou caracterizado como o cantor Adilson Ramos”. 

Jayse Antônio destacou ainda que o trabalho de fotografia e maquiagem foi realizado por profissionais da cidade que puderam através do projeto, expor também seus talentos. “As fotos produzidas por Laette Neto e a maquiagem foi feita pela sua colega, Sayuri. Eles foram cuidadosos em não alterar a fisionomia dos meninos na maquiagem e no tratamento das imagens”, elogiou. 

A aluna do 1º ano, Mariana Sabrina Ferreira, 15 anos, foi uma das modelos do projeto. Ela explica que foi procurada por colegas que a acharam parecida com a personagem do filme “A Órfã”. “Através do projeto podemos perceber como a fotografia ajuda as pessoas. Algumas diferenças como a cor da pele foram solucionadas e realmente acho que fiquei parecida com a personagem. Além disso, foi importante perceber que cada pessoa possui suas próprias características, gordo, baixo, magro, negro, e que todas são bonitas ao seu modo”, declarou a estudante.

Com informações da Secretaria de Educação de Pernambuco