Apesar de toda a divulgação sobre a Lei da Ficha Limpa e da campanha que foi feita durante o período eleitoral, quase seis mil candidatos, tanto a prefeito quanto a vereador, disputaram as eleições municipais mesmo não tendo os seus registros de candidatura deferidos pela Justiça Eleitoral, tanto pelo critério da nova legislação como por outros motivos, entre eles conflitos partidários, falta de documentação e atraso no pagamento de multas. Estes postulantes recorreram da decisão (do indeferimento de seus registros) obtendo o direito de concorrer sub júdice e receberam 3,4 milhões de votos, alguns até poderiam ter vencido a disputa, mas não puderam ser declarados vitoriosos porque ainda não tinham uma definição da Justiça.
Em Pernambuco, um dos casos que foram enquadrados na Lei da Ficha Limpa foi o do candidato do PMDB em Timbaúba, Gilson Muniz. Contudo, nesta situação, o postulante que concorreu com processo na Justiça não foi o mais votado na cidade, mesmo assim ainda recebeu, segundo ele, cerca de dez mil votos. “Não fui prejudicado por conta disso (da ficha suja), quem me prejudicou foi a Justiça e os meus adversários. A eleição não existiu, o que existiu foi corrupção eleitoral que favoreceu meus opositores”, declarou. Gilson recorreu quando teve seu registro indeferido, mas até agora o seu caso ainda não foi analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Com informações do site Congresso em Foco