A vida pública se faz por gestos. Que muitas vezes valem mais do que mil palavras. Ex-ministro, ex-governador, ex-prefeito do Recife e ex-deputado federal, Joaquim Francisco (PSB) saiu na frente, ontem, para deixar o senador Humberto Costa à vontade e garantiu que não assumiria o Senado, caso ele resolvesse requerer licença.
Corria nos bastidores especulações de que Humberto queria ficar licenciado por 90 dias, para se dedicar à campanha. Mas que estava com um pé atrás, porque teria que passar o mandato para um socialista, no caso Joaquim, seu primeiro suplente.
Para deixar Humberto numa situação confortável, o ex-governador disse que requereria também, imediatamente, uma licença para que a segunda suplente Maria Pompéia, que é do PT, partido de Humberto, pudesse assumir e com isso não criar nenhum tipo de constrangimento para o senador.
São poucos ou raros os políticos que agem assim, mas partindo de Joaquim não surpreende. Ministro do Interior de Sarney, Joaquim abandonou o cargo com menos de quatro meses na função ao descobrir que não compunha um governo sério com a célebre frase: “Isso não é um governo de transição, mas de transação”.
Blog do Magno Martins