Duas pessoas se apresentaram à polícia como parentes da menina de cinco anos que vivia com o trio suspeito de homicídios e ocultação de cadáveres em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Segundo a juíza da Vara Regional da Infância e da Juventude do município, Karla Peixoto Dantas, eles prestaram depoimento na sexta-feira (13) e deixaram material para a realização de testes de DNA.
“A lei prioriza que ela seja entregue à família extensa. Estamos todos empenhados em tentar localizar os parentes. Só se não houver comprovação de parentesco é que ela será inserida no cadastro nacional de adoção. Família substituta não é prioridade, esse não é nosso objetivo”, esclarece Karla Peixoto Dantas.
A menina foi, segundo a polícia, testemunha dos crimes cometidos na casa – dois corpos foram encontrados enterrados no quintal na última quarta-feira (11). Ela contou à polícia que o pai teria cortado o pescoço das vítimas.
Segundo a juíza, foram encontradas duas certidões de nascimento com a criança. “Constam pais diferentes e avós diferentes nas duas certidões. Temos uma certidão que diz que ela é filha do suspeito, outra aponta outro pai”, esclarece.
Segundo a polícia, a menina seria filha de uma mulher assassinada em 2008, em Olinda. Uma das suspeitas assumiu que usava o nome dessa mulher e dizia que a menina era filha dela.
A criança está em uma instituição de acolhimento em Garanhuns até que a dúvida seja elucidada. A previsão é de que o resultado do teste de DNA saia em vinte dias. “Formalmente estamos na fase de produção de provas, realizando perícias para verificar a maternidade e paternidade”, comenta a juíza.
Segundo a juíza, uma equipe multidisciplinar está prestando assistência à criança.
“Teremos, além da Justiça, psicólogos e assistentes sociais para analisar as opções e verificar quem oferece mais condições de criá-la em um ambiente harmônico”, conta.
Os suspeitos de cometer a barbárie formam um triângulo amoroso composto por um homem e uma mulher de 52 anos, que seriam casados, e uma jovem de 23. Em depoimento à Polícia Civil, eles disseram que usavam carne humana para produzir salgados, que eram vendidos à população e servidos como refeição, inclusive para a criança. Os suspeitos ainda confessaram guardar parte dos corpos das vítimas na geladeira.
A Polícia Civil ainda informou que os suspeitos fariam parte de uma seita, que pregava a purificação do mundo e a diminuição populacional. A meta seria matar três mulheres por ano. O homem suspeito de comandar o trio nos assassinatos fez um livro, ilustrado e registrado em cartório, onde conta detalhes dos crimes e da vida dele. Nas páginas, há informações de que ele era formado em Educação Física e faixa preta em caratê.
Um dos dois corpos seria de uma mulher desaparecida desde fevereiro; o outro, de uma mulher de 20 anos, que sumiu no dia 15 de março. Depois de as famílias das vítimas prestarem queixa, a polícia localizou o trio quando uma fatura de cartão crédito chegou à casa de uma das mulheres.
Imagens das câmeras de segurança de lojas onde as compras foram efetivadas mostravam os suspeitos.
As vítimas também teriam sido vistas perto da casa dos suspeitos antes de desaparecerem. A polícia conseguiu mandados de prisão e de busca e apreensão e, ao ser abordada, uma das mulheres teria assumido os crimes e revelado o local onde as vítimas foram enterradas.
Do G1 PE
“A lei prioriza que ela seja entregue à família extensa. Estamos todos empenhados em tentar localizar os parentes. Só se não houver comprovação de parentesco é que ela será inserida no cadastro nacional de adoção. Família substituta não é prioridade, esse não é nosso objetivo”, esclarece Karla Peixoto Dantas.
Segundo a juíza, foram encontradas duas certidões de nascimento com a criança. “Constam pais diferentes e avós diferentes nas duas certidões. Temos uma certidão que diz que ela é filha do suspeito, outra aponta outro pai”, esclarece.
Segundo a polícia, a menina seria filha de uma mulher assassinada em 2008, em Olinda. Uma das suspeitas assumiu que usava o nome dessa mulher e dizia que a menina era filha dela.
A criança está em uma instituição de acolhimento em Garanhuns até que a dúvida seja elucidada. A previsão é de que o resultado do teste de DNA saia em vinte dias. “Formalmente estamos na fase de produção de provas, realizando perícias para verificar a maternidade e paternidade”, comenta a juíza.
Segundo a juíza, uma equipe multidisciplinar está prestando assistência à criança.
“Teremos, além da Justiça, psicólogos e assistentes sociais para analisar as opções e verificar quem oferece mais condições de criá-la em um ambiente harmônico”, conta.
Os suspeitos de cometer a barbárie formam um triângulo amoroso composto por um homem e uma mulher de 52 anos, que seriam casados, e uma jovem de 23. Em depoimento à Polícia Civil, eles disseram que usavam carne humana para produzir salgados, que eram vendidos à população e servidos como refeição, inclusive para a criança. Os suspeitos ainda confessaram guardar parte dos corpos das vítimas na geladeira.
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A Polícia Civil ainda informou que os suspeitos fariam parte de uma seita, que pregava a purificação do mundo e a diminuição populacional. A meta seria matar três mulheres por ano. O homem suspeito de comandar o trio nos assassinatos fez um livro, ilustrado e registrado em cartório, onde conta detalhes dos crimes e da vida dele. Nas páginas, há informações de que ele era formado em Educação Física e faixa preta em caratê.
Um dos dois corpos seria de uma mulher desaparecida desde fevereiro; o outro, de uma mulher de 20 anos, que sumiu no dia 15 de março. Depois de as famílias das vítimas prestarem queixa, a polícia localizou o trio quando uma fatura de cartão crédito chegou à casa de uma das mulheres.
Imagens das câmeras de segurança de lojas onde as compras foram efetivadas mostravam os suspeitos.
As vítimas também teriam sido vistas perto da casa dos suspeitos antes de desaparecerem. A polícia conseguiu mandados de prisão e de busca e apreensão e, ao ser abordada, uma das mulheres teria assumido os crimes e revelado o local onde as vítimas foram enterradas.
Do G1 PE