Apenas no Recife, existem 34 grupos que não deixam morrer a tradição do período natalino
O grupo Giselly Andrade segue a tradição do figurino rico, além da simbologia da dança.
Azul anil ou vermelho encarnado. Os pastoris do Recife, destaque na programação de Natal da capital pernambucana, encantam a todos, não importa o “cordão” preferido do público. Apenas no Recife, 34 grupos resistem ao tempo e estão cadastrados pela prefeitura. Desses, 10 participam das festividades oficiais da cidade hoje e no dia 25. Seja no polo Chão de Estrelas, no Sítio da Trindade ou no Parque Dona Lindu, as pastoras pedem passagem no ciclo natalino e lutam por uma maior valorização.
Até o próximo ano, os pastoris da Região Metropolitana do Recife devem se unir para criar a primeira associação de folguedos natalinos do estado. “O objetivo é fortalecer esses grupos, que estão muito dispersos, e acabam perdendo oportunidades, inclusive na hora de captar recursos para projetos”, justifica a produtora cultural do Pastoril Giselly Andrade, Ana Farias. À frente do pastoril que leva o nome da filha há 13 anos, Ana garante que o clima entre os pastoris é de união. “Não existe a competição comum entre as escolas de samba ou quadrilhas”, conta.
A historiadora Carmem Lélis estudou as encenações da cultura popular do estado e explica que as apresentações de pastoris são as mais importantes do Natal do Recife. “A forma de dançar o pastoril é totalmente nossa. Apesar da influencia europeia, é uma expressão nordestina. Cada estado nordestino tem uma peculiaridade. Em Pernambuco, a característica é o dançar das pastoras em frente ao presépio, louvando o nascimento do menino Jesus”, diz.
Até o próximo ano, os pastoris da Região Metropolitana do Recife devem se unir para criar a primeira associação de folguedos natalinos do estado. “O objetivo é fortalecer esses grupos, que estão muito dispersos, e acabam perdendo oportunidades, inclusive na hora de captar recursos para projetos”, justifica a produtora cultural do Pastoril Giselly Andrade, Ana Farias. À frente do pastoril que leva o nome da filha há 13 anos, Ana garante que o clima entre os pastoris é de união. “Não existe a competição comum entre as escolas de samba ou quadrilhas”, conta.
A historiadora Carmem Lélis estudou as encenações da cultura popular do estado e explica que as apresentações de pastoris são as mais importantes do Natal do Recife. “A forma de dançar o pastoril é totalmente nossa. Apesar da influencia europeia, é uma expressão nordestina. Cada estado nordestino tem uma peculiaridade. Em Pernambuco, a característica é o dançar das pastoras em frente ao presépio, louvando o nascimento do menino Jesus”, diz.
Para todas as idades
Enquanto o Pastoril Giselly Andrade, de Água Fria, reúne integrantes dos 7 aos 26 anos, o Pastoril Força de Viver, do Alto Santa Terezinha, é formado por mulheres de 62 a 83 anos, provando que o folguedo pode ser encenado por pessoas de qualquer idade. “Decidimos criar o pastoril porque não tivemos a chance de participar de um grupo quando éramos crianças. Apesar dos filhos e maridos, agora queremos nos apresentar”, disse a presidente do pastoril, Marta Lima, 65 anos. Veja programação no nosso site.
Pastoris na programação de Natal do Recife:
Domingo:
18h - Sítio da Trindade - Pastoril Estrela Brilhante
19h - Polo Chão de Estrelas - Pastoril Velho Faceta
19h - Polo Mustardinha - Pastoril Jardim da Alegria
19h20 - Praça de Boa Viagem - Pastoril Estrela do Mar
25 de dezembro:
16h - Sítio da Trindade - Pastoril Estrela Dalva de Santo Amaro
16h10 - Parque Dona Lindu - Pastoril Giselly Andrade
18h - Polo Ibura - Pastoril Estrelando no Passo
18h20 - Sítio da Trindade - Pastoril Lindas Ciganas
19h - Polo Ibura - Pastoril Campinas Alegres
20h50 - Polo Morro da Conceição - Pastoril Estrela Guia do Recife
Fonte: Prefeitura da Cidade do Recife
Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press