terça-feira, 7 de agosto de 2012

Timbaúba terá audiência pública para analisar situação de Cruangi


Fornecedores de cana e trabalhadores da usina Cruangi se reúnem com deputados estaduais e prefeitos da Mata Norte para debater o caos social gerado pelo débito financeiro da unidade industrial. A audiência pública, que será realizada nesta terça-feira (07), às 14h, na Escola Técnica de Timbaúba, é uma promoção da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A usina deve mais de R$ 8 milhões aos produtores de cana de açúcar e não paga o salário dos funcionários há mais de dois meses.

Segundo o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Alexandre Andrade Lima, o problema é muito mais sério do que possa parece. “É preciso que seja encontrada uma saída rápida para o problema não comprometer ainda mais a economia das cidades que estão economicamente ligadas à atividade canavieira em função da usina”, conta. Ele alerta que Cruangi pode não funcionar este ano em função das dívidas, ampliando o caos já instalado.

Além da AFCP, o Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape) também participarão da audiência pública. Pela Alepe, Andrade Lima diz que está confirmada a participação dos deputados Aluisio Lessa (PSB), Henrique Queiroz (PR), Maviael Cavalcanti (DEM) e Antônio Moraes (PSDB). “Estes parlamentares estão acompanhando do problema desde o início”, conta. Também foram convidados os prefeitos dos municípios que possuem trabalhadores e fornecedores de cana de Cruangi.
Lima aproveita para denunciar que a crise da terceira maior usina em moagem no estado, começou com a separação das terras da usina Maravilha do patrimônio da usina Cruangi. “Os acionistas majoritários que representam a Maravilha e que são representantes da Cruangi estão dando às costas para a parte social”, ressalta dizendo que eles estão despreocupados com a consequência da dívida na vida dos trabalhadores, fornecedores e das cidades que vivem da atividade econômica canavieira em decorrência do funcionamento da unidade.



Fonte AFCP