sexta-feira, 29 de junho de 2012

Mução será ouvido por delegados federais de Pernambuco nesta sexta


Foto: Rodrigo Lôbo/JC Imagem



O radialista Rodrigo Vieira Emereciano, 35 anos, mais conhecido como Mução, continua preso na sede da Polícia Federal de Fortaleza, no Ceará, mas deverá voltar para o Recife para ser ouvido por delegados da Superintendência da Polícia Federal de Pernambuco nesta sexta-feira (29). Na noite desta quinta (28), o advogado Waldir Xavier informou que entrou com o pedido de habeas corpus, mas ainda não havia tido resposta para a soltura do humorista que foi preso sob suspeita de disponibilizar material de pornografia infantil na internet.

Familiares do Mução acreditam em sua inocência. "Estamos cientes de que ele não tem culpa de nada. Algum funcionário deve ter usado a senha para trocar as imagens através dos sites, e-mails e microblogs dele", desabafou a irmã Renata Vieira. Segundo o produtor de Mução, Rogério Emereciano, existem provas de que o humorista é inocente e, em breve, será divulgada uma nota explicando o que teria acontecido.

O programa A hora do Mução é transmitido para 45 rádios de todo o Nordeste. Mução foi detido na casa onde mora, no bairro de Meireles, em Fortaleza. De acordo com investigações realizadas pela PF, o radialista faria parte de um círculo fechado de 160 pessoas, 97 estrangeiras e 63 brasileiras, que trocavam conteúdo ilegal com imagens de adolescentes e crianças em situações pornográficas.

O advogado do humorista ressaltou que Mução está tranquilo. "Ele prestou depoimento, mas está bem e acredita na Justiça", concluiu o advogado.

OPERAÇÃO

A operação DirtyNet (internet suja), como foi batizada, pretende cumprir ainda 50 mandados de busca e apreensão. O objetivo é desarticular uma quadrilha que compartilhava material de pornografia infantil pela internet. Os suspeitos vinham sendo investigados há cerca de seis meses em Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal. Durante esse período os integrantes do grupo foram flagrados trocando arquivos com cenas de adolescentes, crianças e bebês em contexto de abuso sexual. Os suspeitos também relatavam crimes de estupro cometidos contra os próprios filhos, além de sequestros, assassinatos e atos de canibalismo. 

Atualização: 28/06/2012 22:44

Diario de Pernambuco