quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Polícia investiga mãe que mantinha filho acorrentado no Grande Recife

Mulher amarrava corrente no tornozelo da criança de 10 anos, em Paulista.
Ela se apresentou à polícia e disse não querer mais a guarda do menino.

A Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, está investigando o caso de uma mãe que manteve o filho de 10 anos acorrentado pelo tornozelo. O caso foi denunciado na terça (10) por uma prima do garoto, que prestou queixa de maus-tratos. Na manhã desta quarta (11), a suspeita de acorrentar a criança se apresentou espontaneamente na delegacia e afirmou não querer mais a guarda do menino. "Vou abrir mão [da guarda], não quero ficar com ele, não. Não aguento esse menino", disse a mulher, que preferiu não se identificar.
Ainda de acordo com a mãe, ela amarrava o filho porque tinha medo que ele se envolvesse em crimes e com drogas. "Ele fugia muito, só queria viver no mundo, na casa dessa minha prima. Ela tem muitos filhos e os filhos dela vivem na rua, pedindo esmola, aprontando. Desde os sete anos que esse menino apronta", afirmou. Ela foi liberada após prestar depoimento.
O delegado da GPCA responsável pelo caso, Jorge Ferreira, explicou que ela ainda pode ser detida. "Ela será indiciada pela prática do crime [maus-tratos]. Por mais que não aconteça a prisão cautelar, que é em estado de flagrante e não mais possível, ela pode ser presa em qualquer ato do processo. Se a gente perceber que ela está tentando fugir da lei, o que ainda não é o caso, já que ela se apresentou espontaneamente, podemos pedir a prisão preventiva dela pelo menos enquanto perduram as investigações", explicou.

A criança foi encaminhada para o Conselho Tutelar de Olinda, onde ficará à disposição da Justiça.
 Do G1 PE