Ter médico todos os dias, de manhã e à tarde, de segunda a sexta, nos Postos de Saúde da Família (PSFs). É a expectativa dos pernambucanos que vivem nas cidades que receberão profissionais do Programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde. No Estado, 25 municípios serão os primeiros a receber 45 médicos formados no exterior, a partir desta semana. Eles são de nove nacionalidades diferentes, inclusive brasileiros. A maioria, 34, veio de Cuba. Atender a expectativa da população é um dos desafios dos doutores. Outro é desempenhar o trabalho em unidades com condições precárias, como a que fica no povoado de Capivara, distante 15 quilômetros da cidade de Frei Miguelinho, no Agreste de Pernambuco. Há mais de um ano o posto funciona sem água porque a bomba quebrou. A geladeira também pifou. Por isso, as vacinas só são aplicadas uma vez por semana.
O Brasil possui apenas 1,8 médico por mil habitantes, índice menor que países como a Argentina (3,2), Portugal e Espanha, ambos com 4 por mil. Pernambuco está entre os 22 Estados com índice abaixo do nacional (1,39). Cento e dezessete cidades pernambucanas, de um total de 184, se inscreveram para participar do Mais Médicos. A União pagará R$ 10 mil por mês para cada profissional trabalhar, durante três anos, em unidades de atenção básica. A ideia é que eles atuem nos PSFs.
“Ainda bem que criaram esse programa. Porque é um descaso com quem precisa de atendimento, uma falta de respeito, chegar e não ter médico no posto. Acho ótimo que venha gente de fora. Só me preocupa se vou entender o que eles falam”, diz a auxiliar de serviços gerais Josiane Araújo, 48 anos, moradora de Condado, na Zona da Mata. O posto a que ela se refere, Patrimônio, tem paredes com mofo.
Segundo a secretária de Saúde de Condado, Gianne Rodrigues, a unidade está desde julho sem médico. A população garante que faz mais tempo. “Foi um dos postos que cadastramos no programa federal. Pagamos R$ 8 mil para o médico que quiser trabalhar nas unidades de saúde da família. Mas dificilmente aparece alguém. E quando vem, muitos não cumprem as 40 horas contratuais. Atendem um dia e só voltam na semana seguinte”, observa Gianne. “Infelizmente o vínculo deles no PSF é precário. Nossa expectativa é que com os Mais Médicos seja diferente”, diz a secretária. O município contará com dois cubanos. Um deles é Niuevis Gutierrez, 49 anos, que já trabalhou em missões na Venezuela e na África.
O Brasil possui apenas 1,8 médico por mil habitantes, índice menor que países como a Argentina (3,2), Portugal e Espanha, ambos com 4 por mil. Pernambuco está entre os 22 Estados com índice abaixo do nacional (1,39). Cento e dezessete cidades pernambucanas, de um total de 184, se inscreveram para participar do Mais Médicos. A União pagará R$ 10 mil por mês para cada profissional trabalhar, durante três anos, em unidades de atenção básica. A ideia é que eles atuem nos PSFs.
“Ainda bem que criaram esse programa. Porque é um descaso com quem precisa de atendimento, uma falta de respeito, chegar e não ter médico no posto. Acho ótimo que venha gente de fora. Só me preocupa se vou entender o que eles falam”, diz a auxiliar de serviços gerais Josiane Araújo, 48 anos, moradora de Condado, na Zona da Mata. O posto a que ela se refere, Patrimônio, tem paredes com mofo.
Segundo a secretária de Saúde de Condado, Gianne Rodrigues, a unidade está desde julho sem médico. A população garante que faz mais tempo. “Foi um dos postos que cadastramos no programa federal. Pagamos R$ 8 mil para o médico que quiser trabalhar nas unidades de saúde da família. Mas dificilmente aparece alguém. E quando vem, muitos não cumprem as 40 horas contratuais. Atendem um dia e só voltam na semana seguinte”, observa Gianne. “Infelizmente o vínculo deles no PSF é precário. Nossa expectativa é que com os Mais Médicos seja diferente”, diz a secretária. O município contará com dois cubanos. Um deles é Niuevis Gutierrez, 49 anos, que já trabalhou em missões na Venezuela e na África.