Idosa que provocou morte de outra idosa sai para depor e tem casa incendiada

Vítima faleceu após brigar com vizinha no Córrego do Abacate, em Olinda

Na DP de Peixinhos, carro da polícia depredado por vândalos
Foto: Maurício Ferry/Folha de Pernambuco

Após uma briga entre duas idosas que terminou na morte de uma delas na noite da última terça-feira (24), no Córrego do Abacate, em Olinda, nesta sexta-feira (27) familiares da vítima, a dona de casa Maria de Lourdes Alves, de 49 anos, e da suspeita do suposto crime, Solange Lopes, se atracaram mais uma vez durante toda a tarde, com ofensas. O final da confusão resultou na casa da agressora incendiada e demolida e três veículos depredados, sendo um da Polícia Militar (PM) e de carros de equipes de reportagem de televisão.

Na Delegacia de Peixinhos, Solange garantiu que não teve a intenção de matar. Para ela, um problema cardíaco já conhecido da vítima pode ter sido o motivo da morte. Segundo ela, foi somente uma briga entre vizinhas e que nunca imaginou que ela pudesse morrer. Se dizendo arrependida por ter brigado com a vizinha, ela disse reconhecer que a família da vítima tem toda a razão de estar revoltada. Leia MAIS


Ainda na delegacia, a mulher soube da informação de que sua casa tinha sido destruída pela população revoltada e que a casa de seu genro também seria a próxima, contudo, a Polícia Civil conseguiu chegar no local antes que acontecesse. Na confusão, os veículos foram depredados e a população justifica ao fato de supostamente a Polícia não querer prestar socorro a uma das filhas da vítima, Vanessa Alves, de 23 anos, que passou mal durante a confusão.

Enquanto esclarecia os fatos com a autoridade policial, ela recebeu a informação de que a casa de seu genro também seria queimada pela família da vítima. A partir daí, uma corrida contra o tempo se iniciou. Ao chegar á residência, no Córrego do Abacate, agentes civis conseguiram impedir a ação.

Já o autor da depredação dos veículos foi detido em flagrante ainda no local. Moacir Paulo da Silva Filho, de 21 anos, foi reconhecido por testemunhas e conduzido à Delegacia de Peixinhos, onde foi autuado por dano ao patrimônio público. Conforme o delegado Bruno Magalhães, as emissoras de televisão não registraram queixa contra ele. Mesmo assim, ele ainda teve que pagar uma fiança no valor de um salário mínimo e foi liberado em seguida. Após pagamento de fiança, no valor de um salário mínimo, Moacir foi liberado. Em relação ao caso das idosas, quem investiga é o delegado Paulo Rameh, que revelou que ainda precisa ouvir todos os depoimentos para decidir se indicia ou não dona Solange.

FolhaPE