sábado, 6 de julho de 2013

Senadores pernambucanos gastos vão de voos a casas noturnas

Verbas para o exercício parlamentar dos três senadores pernambucanos chegaram a R$ 466,6 mil no primeiro semestre, sem a remuneração. Cifras estão na web

O senador Humberto Costa apresentou uma série de notas de restaurantes em dias sem expediente no Senado

O custo para o exercício do mandato dos três senadores de Pernambuco – Humberto Costa (PT), Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Armando Monteiro Neto (PTB) – no primeiro semestre de 2013 foi de R$ 466.687,06, sem a remuneração, de acordo com o Portal da Transparência do Senado. Os gastos vão desde pagamentos com materiais de divulgação a consumo em casa noturna. O senador com maior despesa no período foi Humberto, com R$ 193.139,73. Em seguida aparece Jarbas, com R$ 163.422,17, e, por último, Armando, com R$ 110.125,16.

No primeiro semestre do ano, Humberto protocolou 551 recibos de pagamentos a título de gastos para atividade parlamentar. Um deles é o pagamento de R$ 72,57 à House Yellow Casa Noturna Bar e Restaurante LDTA, no dia 5 de abril. Além disso, o senador apresentou uma série de notas de restaurantes em dias sem expediente no Senado, como exemplo ao Eki, no dia 2 de março, no valor de R$ 152,70, e ao Anjos e Souto LTDA, no dia 18 de maio, ao custo de R$ 301,84. Ambas as despesas ocorreram aos sábados.

Na prestação de contas do senador Jarbas Vasconcelos constam 190 recibos. Em sua maioria, os débitos referem-se a gastos com o escritório político do peemedebista, o Debate, no bairro da Ilha do Leite, no Recife. Já o senador Armando Monteiro Neto foi o único dos três pernambucanos que utilizou pouco mais da metade do teto previsto para o semestre, que é de até R$ 217.599,60. Na lista de despesas, além de altas passagens aéreas – algumas onde o trecho custou mais de R$ 2 mil –, o petebista destinou R$ 3.360 para divulgação de sua atuação parlamentar.

Ato nº 9, de 2011, da mesa diretora do Senado institui uma cota de gastos aos parlamentares. O dispositivo nº 1 da Casa regulamenta que cada senador tem direito a R$ 15 mil de verbas, mais o valor correspondente de cinco passagens aéreas, ida e volta do Estado a Brasília. Para Pernambuco, cada parlamentar tem direito a um teto mensal de R$ 36.266,60 para despesas com o exercício do mandato, que pode ser usado com aluguel de imóvel para escritório político, despesas postais, locação de transportes, combustíveis, contratação de consultorias, entre outras. A prestação de contas é feita mediante apresentação de comprovantes, sejam eles notas ou cupons fiscais. Caso haja saldo, a quantia pode ser executada pelo gabinete no mês seguinte.


Informações do Blog da Folha