A proposta de um novo pacto federativo para o Brasil, buscando um maior equilíbrio entre os entes da Federação, foi o tema da palestra apresentada, nesta quinta (23 de maio), pelo governador Eduardo Campos, durante a 17ª Conferência da Unale, no Centro de Convenções. O gestor informou que, de 1985 até os dias de hoje, a repartição tributária entre Estados e municípios caiu de 80% para 36,6%, enquanto os gastos com saúde dobraram. Segundo Campos, é necessário acabar com a velha forma de fazer política e partir para um modelo mais participativo.
O governador afirmou que, nos últimos anos, o Brasil vem obtendo conquistas que colocaram o País numa posição economicamente confortável. Mas, de agora em diante, ele acredita que a busca da igualdade social deve ser a prioridade. Educação, infraestrutura, saúde e segurança foram os setores destacados pelo gestor como fundamentais para a consolidação do desenvolvimento.
Eduardo Campos apresentou a experiência de seis anos e meio de gestão aprovada por 92% da população pernambucana. Segundo o governador, há cinco anos o Estado cresce mais do que o Nordeste. A segurança foi uma das áreas ressaltadas. Ele anunciou que, no mês passado, o programa Pacto pela Vida venceu, pela segunda vez, o mais importante prêmio de gestão pública do mundo, entregue pela ONU. Campos salientou que, a partir da iniciativa, nos últimos seis anos,a violência tem caído em Pernambuco.
Para o governador, o momento é propício e com trabalho, compromisso e capacidade de unir forças, é possível aperfeiçoar qualquer modelo de gestão. Ao final da palestra, Eduardo Campos assinou a Emenda Constitucional tornando obrigatória a aplicação dos valores sugeridos pelos parlamentares nas emendas ao orçamento estadual. E participou de debates com o senador Célio Souza Rocha, do PMDB do Paraná, e a deputada federal Aspásia Camargo, do PV do Rio de Janeiro, além do público presente.