sexta-feira, 19 de abril de 2013

Banco do Brasil faz análise de empréstimo para Fiat


Sudene estendeu a outros bancos oficiais avaliação de créditos pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, para agilizar financiamentos

 / Foto: Guga Matos/JC Imagem

Em uma mudança para dar mais agilidade aos empréstimos pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o Banco do Brasil (BB) ficou responsável pela análise do crédito de R$ 1,959 bilhão pedido pela Fiat para o coração do polo automotivo de Goiana: a montadora de automóveis e uma fábrica de motores. O empréstimo será pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e o BB fará a avaliação do empréstimo, função até o ano passado restrita ao Banco do Nordeste (BNB). A Sudene espera o relatório do Banco do Brasil para este mês.

A Fiat vai construir em Goiana uma montadora com capacidade para até 250 mil veículos por ano, mais uma planta com capacidade para produzir até 120 mil motores anuais. Devido a atrasos no projeto, a operação comercial, que seria ano que vem, começará apenas em 2015.

“O pedido de empréstimo é tanto para a fábrica de veículos quanto para a de motores”, diz Sabrina Lyra, coordenadora-geral do FDNE.
O Banco do Brasil alega sigilo bancário e comercial para não comentar o assunto.
Só a montadora vai gerar diretamente 4,5 mil empregos diretos. Todo o polo, que contará com 14 fornecedores, terá 12 mil empregos.

“As regras do FDNE foram alteradas para permitir a outros bancos oficiais realizarem a análise de empréstimos solicitados à Sudene. Não só o Banco do Brasil pode executar o serviço, como também a Caixa Econômica Federal”, completa Sabrina.
O crédito da Fiat em análise é resultado da terceira carta-consulta da montadora, que refez duas vezes o pedido, a última para incluir a fábrica de motores. Com ela, a solicitação de dinheiro pelo FDNE subiu de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,959 bilhão.

Os italianos também vão receber recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do BNB. A Fiat terá ainda um campo de provas com 11 tipos de pistas, além de oficinas e escritórios, informa o Banco Nacional de Desenvolvimento, que aprovou o crédito em janeiro passado.

As obras da Fiat estão em andamento, a cargo da construtora paulista Construcap, em consórcio com a norte-americana Wallbridge, empreiteira especializada em obras como aeroportos e plantas automotivas.
No supply park 1 (parque de fornecedores principal, em Goiana), ficarão a Fiat, a fábrica de motores e 14 os fornecedores principais. Mas também está prevista a criação do supply park 2, em Igarassu, onde futuramente serão implantadas outras indústrias do polo. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Márcio Stefanni, o Estado aguarda apenas o sinal verde da Fiat e das demais indústrias para o supply park 2.

Informações do Jornal do Comercio