Alexandre Padilha veio ao Recife para lançamento do programa. Profissionais vão trabalhar em unidades de saúde básica de 96 municípios
Pernambuco tem aproximadamente 14 mil médicos, sendo que mais de nove mil estão na capital, aponta uma pesquisa recente do Conselho Federal de Medicina. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, concordou com o diagnóstico e explicou, que uma das formas de tentar tornar a distribuição dos médicos mais uniforme no estado é o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab). O ministro esteve no Recife nesta quarta-feira(6) para o lançamento regional do programa.
No estado, 382 profissionais vão ser beneficiados pelo Provab e vão trabalhar nas unidades básicas de 96 municípios, cursando especialização em Saúde da Família e recebendo bolsa federal no valor de R$ 8 mil por mês. “Todos os profissionais médicos podem trabalhar nesse programa. É um trabalho fundamental, de ter um médico que trabalha no bairro da pessoa, destaca Padilha.
Os médicos vão permanecer um ano no local para o qual forem designados. “Se eles forem bem avaliados pela população durante esse período, fizerem um bom atendimento, o que vai ser verificado através de pesquisas, ele pode ganhar pontos na hora de fazer a especialização. Digamos que ele quer fazer especialização em cirurgia plástica, dermatologia, vai receber 10% de bônus na nota por ter prestado esse serviço”, explica o ministro.
Para participar, os médicos precisam não ter ligação com o município no qual vão trabalhar. “Médicos do programa de Saúde da Família podem sim participar, o que acontece é que ele não pode ter ligação com o município quando começar o trabalho. O que queremos é levar médicos a cidades que nunca tem, pelo período de 12 meses, um médico”, afirma Padilha.
Outra preocupação do Ministério da Saúde é com a falta de especialistas. “Outras medidas são tomadas para formação da especialidade. Nossa população está envelhecendo, vamos precisar de cada vez mais de médicos. Na questão do combate ao câncer, precisamos formar mais oncologistas”, aponta o ministro.
Do G1 PE