Fábrica da Unifit em construção produzirá fios de poliéster de alta resistência |
Desde que a pedra fundamental da primeira fábrica foi implantada no distrito industrial de Timbaúba, na Zona Mata Norte do Estado, e com a chegada da fábrica da montadora Fiat a Goiana, na mesma região, a cidade não é mais a mesma. O município vive uma retomada do crescimento da economia com a expectativa de que mais de R$ 100 milhões em investimentos cheguem à área.
Só a fábrica da Unifit - responsável pela produção de fios de poliéster de alta resistência usado em cintos de segurança em automóveis e em cabos de atracagem de navios e plataformas -, que ocupa um área com mais de 8 hectares, já quase duplicou a previsão de investimento, de R$ 57 milhões para R$ 87 milhões.
A empresa que planejava produzir 13 mil toneladas de fibra, agora trabalha com a possibilidade de elevar a capacidade para 15 mil toneladas, o que resulta em um aumento de 10% nas vagas de trabalho, que eram de 300 funcionários. Enquanto as obras não são concluídas, os trabalhadores, capacitados pela Secretaria de Obras da Prefeitura em parceria com o Senai, realizam atividades no Porto de Suape.
Outro investimento é a Alca, que vem de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, e produzirá materiais emborrachados solados para calçados e tapetes automotivos. A fábrica servirá como indústria satélite para o polo da Fiat e irá resgatar o potencial de Timbaúba como referência calçadista. A previsão de investimento nesse empreendimento é de 16 milhões e 150 vagas de emprego. Enquanto a estrutura definitiva é erguida, a Alca se instala previamente num galpão próximo ao distrito industrial.
Já a Cardomassa, com R$ 6 milhões em investimentos e criação de 80 vagas de emprego, produzirá biscoitos de batata doce enriquecidos com ferro emínico, a partir de um processo químico-industrial criado em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A iniciativa beneficiará famílias de agricultores, estudantes de escolas públicas e reduzirá o desperdício de recursos, pois a produção de biscoitos visa complementar a merenda escolar e usará como matéria prima a batata doce produzida por produtores rurais da região. Já o ferro emínico será extraído do material recolhido em abatedouros da região, através de processo químico que também produz farelo para ração animal.
A Mais Orro Metalúrgica e Composit Ltda, está em processo de terraplanagem do terreno, e produzirá torres de energia eólica. São R$ 15 milhões em investimentos e 50 empregos criados, uma produção que atualmente só ocorre no Ceará e no Rio de Janeiro.
Industrias de infraestrutura também se instalam com foco na produção civil, como a IF Preé-moldados, que fabrica peças de concreto armado. A previsão é de 102 vagas de trabalho e aproximadamente R$ 5,5 milhões aplicados nesse investimento.
O Moinho Santafé e a Brasilco artefatos de couro somam mais 15 milhões em investimentos e criarão 160 postos de trabalho. Essa última já funciona em Timbaúba produzindo artigos de couro.
De acordo com a lista de empresas que estão com cartas consulta aprovadas pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Timbaúba pode esperar por indústrias do setor moveleiro, componentes de turbinas eólicas, gêneros alimentícios e lâmpadas LED. Uma remodelagem na economia da Zona da Mata.
Informações do Blog do Jamildo Melo
Foto: divulgação