terça-feira, 6 de novembro de 2012

Seca mata aves e leva desespero ao polo avícola no Agreste

 















Os rastros de destruição da maior seca dos últimos 50 anos no Nordeste atingem em cheio o polo avícola de Pernambuco, que mantém São Bento do Una, a 208 km do Recife, na hegemonia em produção de ovos claros de todo o Nordeste. São mais de 19 milhões de unidades mensais, enquanto em frangos de cortes a produção é de, aproximadamente, 1,5 milhão de unidades ao mês.

A longa estiagem encareceu a produção dos criadores de aves. Sem água em seus aviários, eles passaram a adicionar um custo a mais para entregar os frangos com 35 ou 45 dias de vida. Um carro-pipa de pequeno porte custa R$ 50 em média, mas o gasto mensal fica em R$ 500, já que em 30 dias 10 mil aves consomem 10 carros pipas.

Em Cachoeirinha, município integrante do polo avícola do Estado, Adeilton Alves da Silva, 52 anos, gasta em média R$ 500 com água e diz que o negócio está ficando inviável. Ele mantém 10 mil pintos em seu aviário, que são entregues com 35 dias à mesma empresa que terceiriza a  sua estrutura. “A gente está pagando para produzir frangos”, desabafa.

Do Blog de Magno Martins