quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Mulher de 70 anos aguarda há mais de 10 dias uma autorização para cirurgia de fêmur

                                     
Maria Freire dos Santos Souza, de 70 anos, aguarda há mais de 10 dias no Hospital de Fraturas, no centro do Recife, por uma autorização do seguro de saúde Sul América para liberar as próteses para a sua cirurgia.

“Minha mãe sofreu um acidente no dia dois deste mês, no dia três foi internada no hospital, no dia cinco foi dada a liberação para a cirurgia", explica o filho da aposentada, Paulo Freire. "Estamos aguardando agora a liberação do plano para as próteses necessárias para o procedimento, que deveriam ter sido liberadas até ontem”, reclama.

Ainda segundo familiares não é a primeira vez que a senhora Maria Freire passa por um sofrimento como esse. Usuária da Sul América há 16 anos, Maria Freire, teve que acionar a Justiça no ano passado para ter os seus direitos garantidos, também numa cirurgia de fêmur.

"A Sul América teve o seu prazo de entrega até ontem. Não entregou as próteses para a cirurgia, nem deu qualquer informação. Já entregamos o laudo médico, já foi feita a cotação das próteses e até agora nada do plano autorizar”, desabafa a filha da usuária, Fernanda Freire.

Revoltados, familiares resolveram procurar ajuda na Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps), que ingressará com uma ação na justiça Comum contra a negligência e demora do plano Sul América e do silêncio do Hospital de Fraturas, por não ter cobrado ao plano uma solução mais imediata.

"Isso é um absurdo, uma senhora de 70 anos, aguardar mais de 10 dias, por uma liberação do plano, queria ver se fosse com a mãe de algum diretor da Sul América, se eles iriam esperar esse tempo todo para liberar a cirurgia. Por isso, estamos processando a operada de saúde e o hospital, pelo seu silêncio. A grande responsável é a operadora, mas o hospital deveria ter denunciado o caso ao Ministério Público, antes de chegar a uma situação como essa”, enfatiza Renê Patriota, coordenadora executiva da Aduseps.


Do Blog do Jamildo Melo