domingo, 1 de julho de 2012

Adolescente morre carbonizado dentro da própria residência


De acordo com irmãos, menor teria sido trancado em casa pelos pais


Udolescente de 16 anos morreu carbonizado na noite da última sexta-feira na rua Conde Luís Machado, na Vila da Fábrica, no município de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com testemunhas, passava das 23h quando a vítima começou a gritar por socorro, já que a sua casa estava pegando fogo e ela encontrava-se trancada. Embora os vizinhos tenham agido rápido, tendo, inclusive, acionado um caminhão tanque da prefeitura, as chamas logo se alastraram pelo imóvel e o garoto não resistiu. O corpo do jovem foi localizado pelo perito do Instituto de Criminalística (IC) em dos quartos. Após a perícia, o cadáver seguiu para o Instituto de Medicina Legal do Recife, no bairro de Santo Amaro.

De acordo com irmãos do adolescente, ele estava sozinho no momento que o fogo começou e teria fica trancado porque seus pais não queriam vê-lo na rua naquele dia. Para os investigadores da Força Tarefa Norte do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) o incêndio foi criminoso. “Os parentes do morto nos falaram que ele estava cometendo furtos na localizada, tendo, inclusive, sido apreendido. Por conta desses atos infracionais, o garoto passou a ser jurado de morte. Os familiares dele só não poderiam esperar que matassem ele dessa forma”, disse o agente Anderson Ferreira.

Embora o DHPP tenha dito que o incêndio foi criminoso, o perito do IC, Haroldo Azevedo, disse não poder afirmar, no momento, como as chamas começaram. “Existem várias possibilidades. O ventilador que estamos levando para o laboratório pode ter dado um curto-circuito, a própria vítima, que fumava, pode ter deixado cair um fósforo dentro do quarto e também não podemos descartar a possibilidade de alguém ter feito isso. No entanto, o mais provável é que tenha ocorrido um acidente”, disse.

Os policiais do DHPP informaram ainda que nenhum vizinho da vítima os procurou para informar terem visto alguém ateando fogo na residência. “Como estava ocorrendo uma festa junina no momento do fato, a rua onde ocorreu o incêndio estava deserta. Se existir uma testemunha do crime, ela não nos procurou”, disse Anderson Ferreira. O fato deverá continuar sendo investigado pela Delegacia de Camaragibe. “Vamos começar o inquérito, mas ele vai ser encaminhado para a autoridade policial do distrito”,

Folha PE