O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, informou que ficou "muito feliz" com a sinalização do PPS em apoiá-lo em uma candidatura a presidente nas eleições de 2014. "Foi uma decisão muito importante para nós [PSB e Rede] contar com o PPS para nos ajudar na caminhada de formação de um programa que possa ser oferecido ao Brasil em 2014", disse. A declaração foi feita nesta segunda-feira (9), durante a abertura da Semana do Ministério Público de Pernambuco, em uma casa de recepções na área cental do Recife.
Campos informou que, na próxima segunda-feira (15), o presidente do PPS, Roberto Freire, deve vir à capital pernambucana. "Vamos fazer uma primeira reunião de trabalho para conversarmos como vai se dar essa integração, como é que a gente vai contar com essas reflexões que o PPS tem feito sobre a realidade brasileira", explicou.
A sinalização do apoio a Campos ocorreu no último sábado (07), durante votação no 18º Congresso Nacional do PPS, em São Paulo. A deliberação se deu após um dia de debates, em que membros de diversos estados defenderam também outras duas posições: apoio ao candidato Aécio Neves, do PSDB, ou também o lançamento de uma candidatura própria com Soninha Francine. A decisão definitiva deverá ser tomada apenas em 2014.
O governador de Pernambuco foi questionado se faria um novo documento com o PPS, a exemplo do que está sendo produzido com a Rede, para dar unidade a possíveis discordâncias. "Nós estamos tratando de uma força política que já vinha dialogando com [a ex-senadora] Marina [da Rede], conosco. [O PPS] É uma força política que tem uma tradição no nosso campo popular democrático de esquerda. Acredito que temos mais convergências que divergências. É bom que a gente receba o PPS antes de termos avançado no conteúdo, porque vamos ter a oportunidade de contar com a contribuição deles na definição do documento de diretrizes", disse.
Campos também explicou as circunstâncias do encontro que teve na noite do último domingo (8), no Rio de Janeiro, com o senador Aécio Neves, do PSDB. "Eu fui gravar o programa do PSB no Rio de Janeiro e só podia voltar [ao Recife] hoje de manhã. Quando terminei, próximo ao hotel, fui jantar e lá encontrei Aécio, que tinha ido lá jantar, saído da visita à irmã que está hospitalizada, então sentamos na mesa e conversamos". Segundo o governador, Aécio não comentou sobre a intenção do PPS em apoiar o PSB.
Confusão na Arena Joinville
Campos ainda comentou sobre as cenas de violência que marcaram o jogo entre Atlético Paranaense e Vasco, no último domingo (8), na Arena Joinville, em Santa Catarina. "Uma barbaridade que choca qualquer um que assiste. Tem que se tomar as providências, as instituições têm que responder a isso da forma mais célere possível. A única forma que tem de resolver é enfrentar com a lei, para que a impunidade não possa ser efetivamente um fermento para que isso se repita", comentou.
Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff também condenou, por meio da conta pessoal dela no microblog Twitter, as agressões vistas na partida. Ela afirmou que conversou com o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, para assegurar a presença da polícia dentro dos estádios de futebol e propôs outras medidas para inibir ações violentas de torcidas organizadas.
Do G1
