Argemiro Pimentel prestou homenagem ao senador Humberto Costa, na Câmara do Rio de Janeiro, no ano passado |
Enquanto os colegas dão duro no Rio de Janeiro caçando votos em busca da reeleição, o vereador petista Argemiro Pimentel também pôs a campanha na rua, mas faz isso a 2.286 quilômetros de distância do Palácio Pedro Ernesto, em sua cidade natal, Machados, em Pernambuco. Tratado pela oposição como “forasteiro”, Argemiro deixou o Rio para disputar a sucessão municipal pelo PT na pequena cidade.
Para brigar por votos em Pernambuco, Argemiro pediu licença sem vencimentos na Câmara do Rio de agosto até o início de outubro, evitando que leve falta nas sessões. Ontem, a assessoria da Casa não soube informar quanto custa a estrutura do gabinete de Argemiro, mas disse que os gastos médios com pessoal, por gabinete, por mês, chegam a R$ 120 mil.
''Domicílio eleitoral pode ser qualquer local onde o candidato tenha interesse econômico. Pode ser imoral, mas não ilegal'', diz o advogado especializado em Direito Eleitoral, Arthur Rolo.
Para o prefeito Machados, Manoel Plácido da Silva, que tenta fazer o sucessor, indicando para a disputa o seu vice, José Francisco Araújo, o Birô (PP), ''o eleitor recebe esse candidato com desconfiança, mas infelizmente se deixa enganar pelo poderio econômico. O carro de som dele é um verdadeiro trio elétrico''.
De O GLOBO |