segunda-feira, 7 de maio de 2012

119f5c06863445e1f91cbb4f3fffdf1d.jpgA Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) identificou os detentos envolvidos no tumulto ocorrido no último sábado (5) no Presídio Aníbal Bruno, no Recife. Doze presos do Pavilhão I, onde ocorreu a confusão, foram transferidos para unidades prisionais do Interior de Pernambuco. No conflito, três detentos morreram - dois deles queimados e um com ferimentos de bala - e dez ficaram feridos.

Disputa entre guangues rivais foi o motivo do tumulto. A confusão começou por volta das 6h10 do sábado (5), durante o café da manhã, no Pavilhão I. De acordo com o superintendente de segurança penitenciária de Pernambuco, Fernando Melo, a situação foi controlada e o Batalhão de Choque da Polícia Militar não precisou entrar na unidade.

Os presos atearam fogo em roupas e colchões. Os detentos que foram socorridos apresentavam marcas de agressão e também tiveram o corpo queimado. Eles foram levados para o Hospital Otávio de Freitas, próximo ao presídio, e também para o Hospital da Restauração, área central do Recife. O Corpo de Bombeiros entrou na unidade para conter o fogo.

O secretário executivo de Ressocialização de Pernambuco, coronel Romero Ribeiro, afirmou que foram transferidos os líderes das guangues envolvidos no tumulto. A secretaria vai abrir sindicância para que a Polícia Civil investigue os responsáveis pelos assassinatos. "A Secretaria de Defesa Social terá que apurar esses crimes", afirmou.

O coronel disse ainda que a transferência dos presos ocorreu como medida de segurança. Sobre a denúncia de que o tumulto ocorreu por que um chaveiro identificado como Paulo transferiu um preso de uma cela para outra, Romero Ribeiro foi enfático ao afirmar que "não existe mais a figura do chaveiro no Aníbal Bruno". Segundo ele, desde janeiro foram transferidos cem presos para outra unidades com o objetivo de acabar com lideranças de grupos dentro da unidade prisional.

"Pode até ter grupos de liderança, mas chaveiro não existe mais", explicou o coronel. Antes, 40 policiais militares faziam a segurança do presídio. Hoje, 300 agentes penitenciários atuam na unidade. 

O Presídio Professor Aníbal Bruno funciona em regime fechado e tem, atualmente, capacidade para 1.448 presos, mas abriga quase quatro mil detentos.

VISITA - Mesmo com o tumulto de sábado, os familiares puderam visitar os detentos, como acontece todos os domingos, mas a movimentação estava um pouco maior. Desde as 7h, havia filas para entrar na unidade prisional.


Segundo os funcionários do Aníbal Bruno, não houve alterações no processo de visita na unidade prisional.