terça-feira, 15 de outubro de 2013

Senador pernambucano Jarbas Vasconcelos exalta a aliança Eduardo-Marina


O senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB) se pronunciou nesta segunda-feira (14), pela primeira vez, sobre a união entre o governador Eduardo Campos (PSB) e a ex-senadora Marina Silva (PSB-AC).


Em discurso na tribuna do Senado, Jarbas afirmou que o entendimento político das duas lideranças “vem para quebrar essa perniciosa tentativa de dividir os brasileiros entre o bem e o mal, sendo benditos aqueles que acompanham o PT e malditos todos aqueles que enxergam as coisas de maneira diferente dos petistas”.

Na avaliação de Jarbas, com Eduardo e Marina, o Brasil terá condições de dar um “salto qualitativo”. “Este ciclo de poder do PT está chegando ao fim. O Brasil não acabará por causa disso. É chegada a hora do nosso País se permitir um salto qualitativo, para que possamos construir uma nova lógica governamental, sob outros parâmetros políticos e de gestão pública. Tudo na natureza é assim: nasce, cresce, vive e, um dia, morre, abrindo caminho para a renovação. É o ciclo da vida”, argumentou. Ele confirmou estar engajado no movimento liderado por Eduardo e Marina.

Para o senador pernambucano, a aliança PSB-Rede é um daqueles episódios antológicos da História. Jarbas Vasconcelos considerou importante o fato de Marina Silva – na coletiva na qual foi anunciada a união com Eduardo – ter destacado as heranças legadas pelos governos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT, 2003-2010).

Ele reconheceu que Lula manteve os pressupostos implantados com o Plano Real e ampliou a rede de combate à miséria e à pobreza extrema. De acordo com o peemedebista, existe um simbolismo muito grande no fato de Eduardo e Marina terem sido ministros do Governo Lula. “Marina e Eduardo tiveram gestões elogiadas, destacadas e reconhecidas, em duas áreas estratégicas para o futuro do Brasil que almejamos: Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia”, afirmou.

Na avaliação dele, Eduardo e Marina falam e falarão com credibilidade sobre o que avançou e deve ser mantido e sobre o que precisa urgentemente ser mudado no planejamento governamental. “Como ex-colegas da Presidente Dilma Rousseff, eles conhecem suas fragilidades, o seu jeito prepotente de ser – apesar de todo o esforço do marketing governamental para mudar esse perfil que, aqui, em Brasília, todos conhecem”, disparou.

Jarbas acredita que a união entre Eduardo e Marina “acendeu a luz de alerta entre os palacianos, que, apesar das dificuldades dos últimos meses, parece que não perderam a prepotência e a arrogância”. O senador também lembrou a entrevista do publicitário João Santana, marqueteiro do PT, que afirmou, em entrevista à revista “Época”, que Dilma venceria no primeiro turno e comparou seus adversários a “anões”, que comeriam um ao outro. “Politicamente incorreto ao extremo, para dizer o mínimo da coleção de baboseiras jogadas ao léu pelo quase onipresente senhor João Santana”, avaliou.

Jarbas criticou ainda a influência do marqueteiro no Governo Dilma. “Numa campanha bancada com recursos públicos, João Santana lidera uma campanha eleitoral sem disfarces. O marqueteiro petista escolhe da roupa vermelha da presidente ao discurso que ela faz nas Nações Unidas. Ninguém sabe onde começa a chefe de Estado e termina a candidata à reeleição”, afirmou.

O peemedebista afirmou o choque com a união PSB-Rede foi tão grande que perderam e PT e alguns dos seus aliados “perderam até o senso do ridículo, com a diversidade de sandices que os aliados do Governo espalharam pela Imprensa e nas redes sociais nos últimos dias. Tragicamente, neo-aliados do PT acusam Marina das mesmíssimas coisas que diziam do Lula no passado”.


Na opinião do senador, o PT fecha alianças como quem vende indulgências: “quem adere ao Governo se transforma instantaneamente em progressista, engajado às causas nobres. É transformado num esquerdista benemérito. Quem, pelo contrário, ousa discordar é apontado como reacionário, direitista, conservador e outros adjetivos menos nobres. Essa lógica retrógrada e fascista precisa ser superada”, completou Jarbas.

Informações do Blog da Folha