O senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB) se pronunciou nesta
segunda-feira (14), pela primeira vez, sobre a união entre o governador
Eduardo Campos (PSB) e a ex-senadora Marina Silva (PSB-AC).
Em discurso na tribuna do Senado, Jarbas afirmou que o entendimento político das duas lideranças “vem para quebrar essa perniciosa tentativa de dividir os brasileiros entre o bem e o mal, sendo benditos aqueles que acompanham o PT e malditos todos aqueles que enxergam as coisas de maneira diferente dos petistas”.
Em discurso na tribuna do Senado, Jarbas afirmou que o entendimento político das duas lideranças “vem para quebrar essa perniciosa tentativa de dividir os brasileiros entre o bem e o mal, sendo benditos aqueles que acompanham o PT e malditos todos aqueles que enxergam as coisas de maneira diferente dos petistas”.
Na avaliação de Jarbas, com Eduardo e Marina, o Brasil terá condições
de dar um “salto qualitativo”. “Este ciclo de poder do PT está chegando
ao fim. O Brasil não acabará por causa disso. É chegada a hora do nosso
País se permitir um salto qualitativo, para que possamos construir uma
nova lógica governamental, sob outros parâmetros políticos e de gestão
pública. Tudo na natureza é assim: nasce, cresce, vive e, um dia, morre,
abrindo caminho para a renovação. É o ciclo da vida”, argumentou. Ele
confirmou estar engajado no movimento liderado por Eduardo e Marina.
Para o senador pernambucano, a aliança PSB-Rede é um daqueles
episódios antológicos da História. Jarbas Vasconcelos considerou
importante o fato de Marina Silva – na coletiva na qual foi anunciada a
união com Eduardo – ter destacado as heranças legadas pelos governos dos
ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002) e Luiz
Inácio Lula da Silva (PT, 2003-2010).
Ele reconheceu que Lula manteve os pressupostos implantados com o
Plano Real e ampliou a rede de combate à miséria e à pobreza extrema. De acordo com o peemedebista, existe um simbolismo muito grande no
fato de Eduardo e Marina terem sido ministros do Governo Lula. “Marina e
Eduardo tiveram gestões elogiadas, destacadas e reconhecidas, em duas
áreas estratégicas para o futuro do Brasil que almejamos: Meio Ambiente e
Ciência e Tecnologia”, afirmou.
Na avaliação dele, Eduardo e Marina falam e falarão com credibilidade
sobre o que avançou e deve ser mantido e sobre o que precisa
urgentemente ser mudado no planejamento governamental. “Como ex-colegas
da Presidente Dilma Rousseff, eles conhecem suas fragilidades, o seu
jeito prepotente de ser – apesar de todo o esforço do marketing
governamental para mudar esse perfil que, aqui, em Brasília, todos
conhecem”, disparou.
Jarbas acredita que a união entre Eduardo e Marina “acendeu a luz de
alerta entre os palacianos, que, apesar das dificuldades dos últimos
meses, parece que não perderam a prepotência e a arrogância”. O senador
também lembrou a entrevista do publicitário João Santana, marqueteiro do
PT, que afirmou, em entrevista à revista “Época”, que Dilma venceria no
primeiro turno e comparou seus adversários a “anões”, que comeriam um
ao outro. “Politicamente incorreto ao extremo, para dizer o mínimo da
coleção de baboseiras jogadas ao léu pelo quase onipresente senhor João
Santana”, avaliou.
Jarbas criticou ainda a influência do marqueteiro no Governo Dilma.
“Numa campanha bancada com recursos públicos, João Santana lidera uma
campanha eleitoral sem disfarces. O marqueteiro petista escolhe da roupa
vermelha da presidente ao discurso que ela faz nas Nações Unidas.
Ninguém sabe onde começa a chefe de Estado e termina a candidata à
reeleição”, afirmou.
O peemedebista afirmou o choque com a união PSB-Rede foi tão grande
que perderam e PT e alguns dos seus aliados “perderam até o senso do
ridículo, com a diversidade de sandices que os aliados do Governo
espalharam pela Imprensa e nas redes sociais nos últimos dias.
Tragicamente, neo-aliados do PT acusam Marina das mesmíssimas coisas que
diziam do Lula no passado”.
Na opinião do senador, o PT fecha alianças como quem vende
indulgências: “quem adere ao Governo se transforma instantaneamente em
progressista, engajado às causas nobres. É transformado num esquerdista
benemérito. Quem, pelo contrário, ousa discordar é apontado como
reacionário, direitista, conservador e outros adjetivos menos nobres.
Essa lógica retrógrada e fascista precisa ser superada”, completou
Jarbas.
Informações do Blog da Folha