segunda-feira, 22 de julho de 2013

PSB de Eduardo Campos caminha em busca de uma aliança com o PTB de Armando Monteiro

Embora o PSB insista em afirmar que “2014 somente será discutido em 2014” as movimentações nos bastidores do partido em busca da formação de alianças visando o pleito do próximo ano e o fortalecimento da potencial candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à Presidência da República seguem a todo vapor. “Estamos ao lado da presidente Dilma Rousseff (PT) de maneira responsável, ajudando naquilo que for de interesse do país. Mas também estamos unidos em torno de uma candidatura própria. Eduardo não será candidato de oposição, mas ele é capaz de encarnar um novo momento politico. Ele tem capacidade de diálogo com as mais diversas forças políticas, tem visão de futuro”, diz o senador pessebista Rodrigo Rollemberg. Dentro desta capacidade de diálogo, o parlamentar defende uma maior aproximação com o PTB que, caso se concretize, também terá repercussão na sucessão pernambucana.

“O PTB é um partido que tem muita coisa em comum com o PSB. Não temos nada de concreto, mas estamos conversando , não apenas com o PTB mas com muitos outros partidos”, observou Rollemberg. As conversações tem sua razão de ser. Embora integra o Governo Federal, inclusive com cargos, O PTB mantém uma relação tensa com o PT. Enquanto parte da legenda defende a permanência na base governista, o que inclui um ministério, outra defende o descolamento do governo, o que foi intensificado com a recente onda de protestos que derrubou a popularidade da presidente Dilma. Nesta linha, muitos trabalhistas tentam uma aproximação com o PSB de Campos e com o PSDB do senador mineiro Aécio Neves.

E se uma aliança com o PTB ajudaria o PSB a construir um palanque forte em nível nacional, os trabalhistas também poderiam se beneficiar com a junção de forças das duas legendas. Em Pernambuco, o senador Armando Monteiro (PTB) poderia ganhar o apoio do PSB para concorrer a sucessão do governador Eduardo Campos. A tese é de que com o apoio  trabalhista para disputar a presidência não haveria razão para que o PSB de Campos não estenda a mão e apoie Monteiro na corrida sucessória estadual.

Mas, caso esta possibilidade se concretize, Campos terá que apaziguar os ânimos internos dentro do próprio PSB. O atual ministro da Integração Nacional. Fernando Bezerra Coelho, pleiteia ser o escolhido pelo governador para disputar a sucessão estadual. FBC, inclusive, já fez vários ensaios de aproximação com outras legendas, incluindo até o PT, o que acende uma luz de alerta para se tentar evitar uma cisão no seio do partido.  O prazo para as filiações partidárias, em outubro, é considerado essencial, uma vez que passado este tempo não existe mais como mudar de legenda e, desta forma, disputar uma cabeça de chapa por outro partido.

Apesar de parlamentares e interlocutores do PSB afirmarem que o ministro é uma figura chave dentro do partido e que os rumores de insatisfação não existem, a situação é tratada com cuidado para evitar o desgaste e mesmo a saída da legenda por parte de FBC. Estas são apenas algumas das razões para que o PSB diga que o assunto das eleições 2014 só deve ser tratado em 2014.  

Informações do Pernambuco 247