terça-feira, 25 de junho de 2013

Em Pernambuco, parlamentares oposicionistas receberam com desconfiança pactos de Dilma

Políticos pernambucanos críticos do PT receberam com descrença os pactos sugeridos pela presidente Dilma Rousseff (PT), ontem, na abertura da reunião com governadores para discutir soluções que atendam aos protestos realizados pelo Brasil nos últimos dias.

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) apontou que nenhuma das propostas apresentadas pela presidente é nova. “Ela está fazendo um discurso desatualizado para um País que pede mudança”, disparou. Ele enfatizou que o governo, agora, anuncia investimentos no transporte coletivo, porém, há poucos meses, reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, incentivando transporte individual.

Na opinião dele, se o governo começasse esta semana a votar a reforma política, já seria o início de um progresso. “Eu apresentei uma PEC (proposta de emenda à Constituição) proibindo as coligações nas eleições proporcionais para acabar com a história de uma pessoa votar em João e eleger José. Ela foi aprovada na Câmara, na Comissão de Justiça e nenhum presidente que passou pelo Senado colocou em pauta”, lembra.
Para o deputado federal e presidente do PSDB em Pernambuco, Sérgio Guerra, “não bastam intenções”. Na avaliação do tucano, o governo federal deveria reduzir 20 ministérios – que, segundo ele, “não fazem nada” – e realizar uma auditoria imediata nos projetos da Copa do Mundo. “É preciso providências, o governo precisa dar exemplo”, cobrou. “O governo tem maioria no Congresso, mas nunca cuidou de liderar a reforma política.”
DEFESA - O senador Humberto Costa (PT) avaliou como “um passo adiante” os pactos propostos por Dilma Rousseff (PT). Para ele, as críticas são “infundadas”. “O problema é que as coisas não ocorrem no ritmo que desejamos. Pegamos um País desorganizado e, para fazer a arrumação, demanda tempo. Temos avanços importantes nos últimos dez anos, como maior oferta de emprego e investimentos na educação. Agora, ainda há muito o que fazer. Temos um herança de 500 anos de exclusão social”, defendeu.
Informações do blog do Jamildo Melo