Mulheres que buscaram atendimento no serviço, que é público, esperaram horas pelos profissionais
Funcionários do hospital disseram apenas que os médicos estavam em cirurgia e mandavamas pacientes esperar |
Gestantes que buscaram atendimento nessa quinta-feira (23) na maternidade do Hospital Tricentenário, em Bairro Novo, Olinda, sofreram com a falta de médicos. Algumas chegaram por volta das 16h e, até às 21h, não tinham sido atendidas. Os casos eram os mais variados: gestantes com dores, outras com sangramentos e até uma com o feto morto.
A atendente de telemarketing Alessandra Martins, de 29 anos, grávida de três meses, buscava atendimento desde às 17h. Ela começou a passar mal no trabalho e buscou a urgência. Sentia fortes dores e estava com sangramento. “Uma enfermeira disse só que eu tinha que esperar. Disseram também que havia dois médicos mas que ambos estariam operando”, informou. Na ficha, constava que seu atendimento recebeu classificação amarela, ou seja, que precisava de atendimento em 30 minutos. Na ficha, havia o carimbo da enfermeira Valdilene Bezerra Cabral, que teria dito para ela esperar. “Não tem uma psicóloga, uma assistente social para explicar nada”, denunciou o marido da gestante, Bonny Soares, de 28 anos.
A cambista Lucicleide Rodrigues, 19 anos, estava com exames que mostravam que seu feto, de oito meses, estava morto. A jovem disse que fez uma ultrassom numa clínica privada pela manhã, onde havia sido constatada a morte do feto. Ela procurou o Hospital Barão de Lucena e fez novo exame. “Fui para lá de manhã e esperei a tarde toda para ser transferida aqui pro Tricentenário. Cheguei 18h e até agora (21h) não fui vista por um médico. Não sei se vou conseguir ser operada”, informou a gestante.
Outra jovem, Mirna Rodrigues dos Santos, de 19 anos, grávida de dois meses e meio, sentia falta de ar e febre e também não conseguiu ser atendida. “Lá dentro é um horror. As salas não são separadas. Tem mulher parindo ao lado de quem está fazendo coleta, as pacientes ficam todas misturadas”, denunciou.
O site do Hospital Tricentenário informa que a instituição é uma Organização Social. A reportagem tentou entrar em contato com o telefone fornecido no site, mas só dava ocupado.
A cambista Lucicleide Rodrigues, 19 anos, estava com exames que mostravam que seu feto, de oito meses, estava morto. A jovem disse que fez uma ultrassom numa clínica privada pela manhã, onde havia sido constatada a morte do feto. Ela procurou o Hospital Barão de Lucena e fez novo exame. “Fui para lá de manhã e esperei a tarde toda para ser transferida aqui pro Tricentenário. Cheguei 18h e até agora (21h) não fui vista por um médico. Não sei se vou conseguir ser operada”, informou a gestante.
Outra jovem, Mirna Rodrigues dos Santos, de 19 anos, grávida de dois meses e meio, sentia falta de ar e febre e também não conseguiu ser atendida. “Lá dentro é um horror. As salas não são separadas. Tem mulher parindo ao lado de quem está fazendo coleta, as pacientes ficam todas misturadas”, denunciou.
O site do Hospital Tricentenário informa que a instituição é uma Organização Social. A reportagem tentou entrar em contato com o telefone fornecido no site, mas só dava ocupado.