A ineficiência do sistema de coleta de lixo obriga a população a despejar o que não serve no meio da rua |
O hospital da cidade, municipalizado, foi entregue sem médicos, sem enfermeiros e até sem lençóis. Os postos de saúde da família, abandonados, não tem sequer esparadrapo. Também não têm água, as paredes estão com grandes vazamentos e os banheiros entupidos.
Do patrimônio público municipal sumiram ar-condicionados, computadores, câmeras digitais, cadeiras e até botijões de gás. A gestão anterior deixou o município inadimplente e endividado, desviou verbas federais destinadas à Educação sem se saber onde foram aplicadas. Quanto à folha de pessoal, parte do mês de dezembro e do 13º salário ficou em aberto. Só em débitos para com servidores, a herança para Pimentel supera a casa de R$ 1 milhão.
O ex-prefeito sacou, ainda, em novembro passado, R$ 424 mil de um montante de R$ 650 mil enviados pelo Ministério da Educação e não se sabe até o momento onde esse dinheiro foi parar, porque não se destinou a pagamento de pessoal. Os servidores, coitados, tiveram que recorrer ao Ministério Público para bloquear as contas da Prefeitura.
Pela frente, ele terá que administrar realmente uma massa falida. Os débitos com a Previdência Social, por exemplo, chegam a R$ 1,7 milhão. Empréstimos consignados tomados pelos servidores eram descontados no contracheque, mas não repassados ao banco credor. Por isso, o novo prefeito não tem noção de quanto o município tem a recolher para o referido banco.
No interior dos ônibus da rede municipal, a ferrugem e a poeira dividem espaço com a falta de cuidados com o patrimônio público |