Este dia é dedicado de modo especial à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e sobre a influência do povo africano na formação cultural do nosso país.
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Mestre Amaro fundador da Banda 1º de Novembro de Timbaúba
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O Dia Nacional da Consciência Negra homenageia e resgata as raízes do povo afro-brasileiro e é comemorado no Brasil no dia 20 de novembro. Esta data foi restabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003, porque coincide com o dia 20 de novembro de 1695, dia da morte de Zumbi dos Palmares, grande líder da resistência negra e da luta pela liberdade, autor da célebre frase: “Nascer negro é consequência, ser negro é consciência”.
Buscando valorizar a cultura afro-brasileira, comemoramos essa data homenageando um músico, um menino negro de Rio Formoso-PE, que Timbaúba acolheu e o adotou como filho, Mestre Amaro, que nos deu tantas alegrias nesses anos de fundação da ilustre Banda Pé de Cará, que carinhosamente é chamada a nossa Banda 1º de Novembro, que neste mês está completando 90 anos que leva música, cultura e alegria ao povo timbaubense.
De Amaro Jorge da Silva, sabe-se que em certos tempos aparecera em Timbaúba um menino de cor preta, filho de pais pobres, seu pai havia falecido, sua mãe Dª Natália, para sustentar a si e ao seu filho, gastava a vida a fazer rendas ou vendagens, até que o menino crescera, aprendendo a arte de sapataria. Desde a sua infância, Amaro Jorge sempre insistia para aprender música, sendo levado ao ridículo pelo fato de ser negro.
O professor José Ribeiro ministrou-lhe ainda as primeiras lições. Um dia, porém, o professor João Guilherme ficando como regente da antiga banda "7 de setembro"(uma das últimas bandas antes da 1º de Novembro), resolveu contra a vontade da maioria acabar com os preconceitos raciais. Continuou ensinando-lhe a arte musical fazendo dele um músico de primeira ordem. Amaro Jorge destacou-se entre todos os músicos da conhecida "Música velha".
Em pouco tempo, mostrou as suas aptidões executando bem todos os instrumentos de pancadaria, trombone, contra\baixo, bombardino, com os quais fazia as sua piruetas. Chegou a ocupar o lugar de regente da "7 de setembro", e possuía todas as qualidades e todo o prestígio necessários para assumir o lugar. Logo em seguida, planejou e criou a Banda "1º de Novembro" de Timbaúba, ficando como regente até seu último dia de vida (que também se findou na sede da mesma).
Mesmo pobre e de família obscura, tinha aspirações elevadas e muita força de vontade. Isto se nota pela atitude que logo tomou, de fundar uma nova banda de música quando em Timbaúba não havia mais nenhuma. Revelou-se um grande músico e um grande regente, sendo por isto convidado por alguns musicistas daquela época para ingressar numa das bandas militares garantindo eles o bom êxito.
Apesar de ter nascido em Rio Formoso-PE, respondia sempre que amava Timbaúba, só se retirando dela e de sua banda de música por morte, tal o seu amor pela terra dos morros. Dedicou-se de corpo e alma ao árduo trabalho de manter a agremiação musical que tantas glórias já trouxe à terra dos mocós.
A cidade conta hoje com a importante banda, que é uma tradição da gleba timbaubense. Aos muitos sucessos obtidos pela "1º de Novembro", mestre Amaro tem o nome profundamente ligado. Uma geração de grandes músicos deve-lhe a formação artística.
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Por Reginaldo Silva
Histórico: Wikipédia e
Sociedade de Cultura Musical 1º de Novembro
