quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Em Abreu e Lima, prefeito eleito pelo PT pode perder mandato por suposta compra de votos

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Marcos José da Silva (PT)
O promotor de Justiça Eleitoral de Abreu e Lima (119ª zona eleitoral), Roberto Brayner, entrou com pedido de cassação do registro de candidaturas e dos diplomas do (Pastor) Marcos José da Silva (PT), Josias Pereira de Azevedo e Elivaldo de França Oliveira, eleitos, respectivamente, para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador do município. Eles são acusados de captação ilícita de sufrágio (compra de votos), onde teriam distribuído telhas e vigas numa comunidade carente da cidade.


O atual prefeito, Flávio Gadelha, que apoiou a candidatura do Pastor Marcos José, também é réu na ação, respondendo pela acusação de captação ilícita de sufrágio e de conduta vendada a agentes públicos em período eleitoral. Os três candidatos foram apoiados pelo gestor, que teria usado a máquina para favorecê-los.


Na sexta-feira (5), dois dias antes da eleição, o promotor flagrou a distribuição de telhas e vigas de madeira para telhado aos eleitores no bairro do Fosfato, uma das comunidades mais carentes de Abreu e Lima. O material foi adquirido pela prefeitura e prometido aos moradores pelo vereador reeleito Elivaldo de França, mais conhecido como Marinheiro.


O promotor também constatou que cópias dos títulos eleitorais dos beneficiários estavam anexadas nas respectivas fichas de cadastro. Durante a diligência, foi encontrado material de propaganda eleitoral dos candidatos dentro de uma kombi da Secretaria de Ação Social do município, que fazia a distribuição de cestas básicas no Bairro do Fosfato.


Além disso, Brayner também denunciou o uso da máquina na confecção de um vídeo, que contou com a ativa participação do prefeito, em que os órgãos e serviços públicos são usados como cenário na peça de propaganda eleitoral.


A ação tramita na Justiça Eleitoral em Abreu e Lima e se for julgada procedente, os três candidatos podem nem assumir os cargos e o prefeito também pode ter seus direitos políticos suspensos por até oito anos.

Do Blog de Jamildo Melo