Quadrilha acusada de receptação de carga e fabricação clandestina de cosméticos é desarticulada

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Uma investigação realizada pela Polícia Civil, através do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), resultou na prisão de quatro pessoas envolvidas num esquema de revenda de cargas roubadas. A ação policial, intitulada de Operação Carga Segura, também descobriu a existência de uma fábrica irregular de cosméticos que funcionava na Rua Terezita Bandeira, em Peixinhos, no mesmo endereço onde as mercadorias tomadas de assalto estavam armazenadas. Mais de 3 mil litros de produtos de limpeza e 1,2 mil tubos de óleo bronzeador foram apreendidos no local. As investigações da polícia iniciaram no mês de março deste ano. No dia 04 de abril, os agentes descobriram a carga de produtos de limpeza, em sua maioria amaciante de roupa, que teria sido roubada no final de fevereiro. De acordo com o delegado Osias Tibúrcio, da unidade de repressão ao roubo de carga, a quadrilha recebia as mercadorias e após emitir notas ficais falsas negociava os produtos com comerciantes da Região Metropolitana do Recife. “Eles repassavam a carga como se fosse de procedência lícita. Não levantando suspeita dos compradores”, explicou o delegado Durante as buscas os policiais também encontraram no local uma fábrica clandestina de cosméticos e realizaram a prisão do argentino Vicente Iantorno, de 59 anos, apontado como o responsável técnico pela produção do óleo bronzeador e de outros produtos como sabonetes, loção perfumada para crianças e gel capilar. Técnicos da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) estiveram na fábrica e atestaram a fabricação sem autorização da Anvisa dos produtos de beleza, caracterizado como crime hediondo. As diligências policiais prosseguiram e na última quinta-feira (19), foram presas outras três pessoas envolvidas na fraude. Everaldo Pedrosa de Oliveira, de 45 anos; Cidear Marcelino de Oliveira, de 39 e Francisco José Santos Chagas, de 22, acabaram detidos por força de mandado de prisão preventiva decretados pela justiça. Outros dois suspeitos ainda estão foragidos, incluindo o chefe da quadrilha. Marcos Petrônio Lima Pereira, de 32 anos, comandava o esquema que funcionava há pelo menos seis meses. O inquérito policial com mais de 200 páginas reuniu indícios que comprovam a participação dele na receptação de outras cargas roubadas. “Dois carregamentos de bebidas e uma carga de aparelhos de televisão também teriam sido negociados por Marcos”, acrescentou Osias Tibúrcio. Todos os suspeitos irão responder pelos crimes de receptação qualificada e fabricação irregular de cosméticos. O Depatri continua as buscas para tentar localizar os dois foragidos. Polícia Civil PE