domingo, 26 de fevereiro de 2012

Escândalo: bola da vez, Mantega reage com indiferença


 Reportagem da revista Veja revela que lobistas, em Brasília, estariam usando o nome da filha do ministro, Marina Mantega(foto), para fechar negócios bilionários no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, duas instituições que estão subordinadas ao Ministério da Fazenda. A reportagem menciona até uma operação específica: um empréstimo de R$ 1,6 bilhão para o grupo Bertin, um dos principais do País na área de carnes e leite. Mantega reagiu com indiferença à reportagem. Disse que não irá processar as pessoas que estariam usando – em vão – o nome de sua filha.
No entanto, não é a primeira vez que Marina traz problemas ao pai. Na campanha presidencial de 2010, um dossiê preparado pelo PT revelou que ela mantinha encontros com o executivo Paulo Caffarelli, vice-presidente do BB, para encaminhar pedidos de patrocínio no banco. À época, os dossiês foram atribuídos à ala sindical do BB, liderada pelo deputado Ricardo Berzoini, e Mantega saiu ileso. Na verdade, saiu até fortalecido do episódio.
PRESSÃO AUMENTA
Agora, no entanto, sua família é exposta num momento de fragilidade. Mantega já foi alvo de denúncias no episódio da queda do presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci. O jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliente, também publicou a informação de que ele teria pedido demissão à presidente Dilma no início de fevereiro. É uma pressão intensa, que recai sobre os ombros de um ministro que, inegavelmente, tem feito um bom trabalho nos últimos anos. O Brasil não sofreu o contágio da crise financeira de 2008 e, neste ano, diante de novas turbulências, também vem escapando ileso. Mas que querem o cargo dele, não há dúvida.

 Jornal Digital Brasil 247