domingo, 1 de dezembro de 2013

Atropelamento de produtora japonesa não foi registrado por órgãos de trânsito

Assessoria de comunicação da Prefeitura de Olinda alegou que, quando os técnicos chegaram ao local do acidente, Sanae já havia sido socorrida e o motociclista fugido

O acidente que provocou a morte da japonesa Sanae Shibata, 31, não foi registrado pela Companhia de Trânsito de Olinda. A produtora foi atropelada na última quarta-feira (27) na Avenida Presidente Kennedy por um motociclista e faleceu na noite desta sexta-feira (29), após passar dois dias em coma no Real Hospital Português. 

Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Olinda, o atropelamento não foi registrado porque, quando os técnicos da Companhia de Trânsito chegaram à Presidente Kennedy na última quarta, os envolvidos no acidente não estavam mais no local. A japonesa Sanae Shibata já havia sido socorrida pelo Samu e levada para o Hospital da Restauração. Enquanto isso, o motociclista responsável pelo atropelamento fugiu.

A assessoria declarou ainda que testemunhas informaram que Sanae foi atropelada enquanto tentava atravessar a avenida fora da faixa de pedestres. A informação não pode ser confirmada porque não há câmeras de segurança no local que poderiam ter gravado o acidente. Por conta disso, a prefeitura também não conseguiu entrar em contato com o motociclista que atingiu a japonesa, apesar de a placa da moto ter sido anotada por testemunhas.

O corpo de Sanae Shibata foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife na noite desta sexta-feira e deve permanecer lá até a próxima segunda (2), quando os pais da japonesa chegam ao Estado. Amigos de Sanae revelaram que uma das ideias da família é cremar o corpo aqui no Recife e levar as cinzas para seu país natal. O velório será realizado na manhã de terça na comunidade japonesa do Curado, Zona Oeste do Recife.

O ex-marido da japonesa, Frank Costhenes, disse ainda que não pretende processar o motociclista que atingiu a japonesa. "Temos a placa da moto e aguardamos a investigação da polícia, mas não pretendo entrar com um processo porque acredito que foi uma fatalidade. Com certeza não foi proposital, porque ninguém quer bater em outra pessoa. Acho que vale a pena perdoar", desabafou.

Sanae Shibata morava em Pernambuco há 10 anos e trabalhava como produtora cultural. Ela chegou ao Estado porque seu pai, que é cônsul, veio representar o Japão aqui. Depois do tempo de trabalho previsto, a família voltoupara o Japão, mas Shanae preferiu continuar no Recife trabalhando com elementos da cultura popular.

Informações do JC Oline