Diante do movimento nacional dos professores de escolas públicas, que vão paralisar atividades desta terça-feira (23) à quinta-feira (25) para cobrar o pagamento do piso da categoria e melhorias de condições de trabalho, o Estado e a Prefeitura do Recife reagiram.
Na noite de ontem (22), o Governo do Estado informou, por meio de nota que, para garantir o ano letivo de forma integral, as escolas estaduais deverão abrir durante esse período. Além disso, os docentes terão faltas computadas e pontos cortados, sem a possibilidade de compensação.
A prefeitura da capital, seguindo a mesma linha, assegurou que as unidades de ensino estarão abertas, sem prejuízo para os alunos. No caso do Recife, a prefeitura está analisando quais medidas irá tomar para punir os docentes que aderirem ao ato.
A paralisação acontece durante a Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A categoria cobra piso, plano de carreira, melhores condições de trabalho e profissionalização dos funcionários da rede pública de ensino. Segundo o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino do Recife (Simpere), professores de 300 unidades da rede, entre creche, pré-escola e escola, vão se juntar à mobilização nacional.
Amanhã (24), a categoria pretende ocupar a Câmara dos Vereadores do Recife e a Assembleia Legislativa de Pernambuco. No último dia da greve, haverá um debate sobre com o tema “A crise econômica mundial e a educação no Brasil e na Espanha”, às 14 horas, no Centro de Educação da UFPE.
Os professores das redes públicas também lutam por 100% dos royalties do petróleo e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, além da aprovação imediata do Plano Nacional de Educação, que se encontra em tramitação no Congresso Nacional. Atualmente, o país investe 5,3% do PIB em educação pública, o que representa R$ 233,4 bilhões. A campanha calcula que, para garantir qualidade em todos os âmbitos e níveis da educação pública brasileira, são necessários R$ 457,9 bilhões.
informações: JC Online/Magno Martins. |