quarta-feira, 24 de abril de 2013

Mudança na legislação prejudica setor canavieiro















Cerca de 280 mil trabalhadores rurais perderão o emprego quando entrar em vigor a legislação que proíbe a queima da cana na região durante o processo de colheita. O número foi apresentado pela União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) em audiência pública realizada esta semana no Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo defende, entre outras, uma transição da legislação compatível com a realidade de adaptação do setor, algo que, segundo eles, necessitaria de, no mínimo, 15 anos.

A queima é utilizada na colheita da cana e é considerada prática indispensável nas áreas com declives médios, uma vez que as máquinas são incapazes de realizar a ação. De acordo com o presidente da Unida, Alexandre Andrade Lima, a eliminação das queimadas de canaviais localizados em pequenas propriedades e áreas com declividade superior a 12 graus aumentará o desemprego e inviabilizará grande parte das pequenas e médias propriedades.

Embora seja responsável por 12% da produção de cana no Brasil, o Nordeste emprega 35% de toda a mão de obra nele ocupada. “É preciso sensibilidade para evitar um caos na região, principalmente, porque a maioria dos trabalhadores é analfabeta e terá dificuldade de ser reaproveitado em outros setores”, diz Alexandre. Segundo ele, a colheita mecanizada ainda está longe de se tornar uma realidade compatível com a topografia acidentada da região e, por isso, é preciso cuidado ao analisar a legislação.


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