terça-feira, 9 de abril de 2013

Hospitais filantrópicos paralisaram atividades


Manifestantes afirmam que despesas gastas nos procedimentos não cobrem custos

Instituições de saúde filantrópicas de Pernambuco aderiram a paralisação nacional, nesta segunda-feira (8) , em protesto contra a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com os manifestantes, essa foi a forma encontrada para chamar a atenção do Ministério da Saúde sobre a necessidade de reajuste nos valores repassados às entidades que recebem pacientes da rede pública. Eles afirmam que as despesas gastas nos procedimentos não cobrem os custos.
O presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos de Pernambuco (Fehospe), Paulo Magnus, disse que algumas reuniões já foram feitas com o governo, mas nada foi resolvido até o momento. Segundo o superintendente executivo da Santa Casa de Misericórdia, Fernando Costa, desde 2005 não há reajuste na tabela do SUS. O gestor explica, ainda, que, se os valores do SUS se mantiverem, a dívida dos hospitais deve chegar a R$ 17 bilhões em 2013 e a iminência de serem fechados torna-se cada vez mais real.
Apesar dos transtornos, os pacientes da Santa Casa de Misericórdia apoiam o movimento dos servidores, a exemplo da dona de casa Maria da Conceição Costa, 59, que foi à unidade de saúde para buscar um exame, mas já sabia da paralisação.
Na Região Metropolitana do Recife (RMR), aderiram à paralisação os hospitais Tricentenário; Maria Lucinda; Evangélico; Memorial Guararapes; Memorial Jaboatão e Armindo Moura, além da Santa Casa de Misericórdia e da Fundação Altino Ventura. No interior do Estado, os hospitais Apami Vitória, em Vitória de Santo Antão; Apami Surubim, em Surubim; Jesus Pequenino, em Bezerros; Palmira Sales, em Garanhuns;Santa Maria, em Araripina, e Ferreira Lima, em Timbaúba, também não realizaram a maioria dos atendimentos. Em resolução nacional, todos mantiveram em funcionamento o atendimento emergencial e urgente das unidades para não prejudicarem a população.

Informações da Folha PE