Uchoa diz que gestão Eduardo "faz o que pode" e critica União
Paralisados há três dias, por uma mobilização nacional em defesa da educação pública, os professores da rede estadual provocaram, nesta quarta (24), na Assembleia Legislativa, dois fatos incomuns na rotina das sessões da Casa, nos últimos seis anos: uma vaia no presidente do Poder, Guilherme Uchoa (PDT), e colocar o PT – que é da base de apoio – contra o governo do Estado. Ao abrir mão, de novo, do poder moderador do cargo para ir ao plenário fazer a defesa do governo, agora contra críticas de petistas com adesão do PSDB opositor, Uchoa acabou sofrendo o constrangimento das vaias da plateia.
“Pernambuco cumpre a Lei do Piso para os professores de nível médio, mas para os de nível superior paga um dos piores salários do Brasil”, acusou a deputada Teresa Leitão (PT), em discurso aclamado pela categoria e endossado por Manoel Santos (PT), Terezinha Nunes e Daniel Coelho (ambos PSDB). “Essa questão tem que ser discutida do ponto de vista do compromisso (do governo) com a educação”, atiçou Daniel.
Como tem repetido há dois meses, Uchoa desceu e aparteou questionando o protesto. “Há 48 horas, o governador Eduardo Campos (PSB) mandou um projeto, em regime de urgência, com um reajuste (7,97%, da Lei do Piso) negociado com o sindicato. É o avanço possível. Os recursos federais são insuficientes para dar melhores salários. Eduardo está valorizando os docentes”, contestou, sob vaias.