domingo, 10 de fevereiro de 2013

Ocorrências policiais no Galo da Madrugada sobem 16,6%


Justiça do Folião registrou 21 Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCOs), com 29 infratores / Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

O mau folião foi responsável pelo aumento de 16,6% no número de ocorrências policiais registradas durante o desfile do Galo da Madrugada, no último sábado (09). Em sua sexta edição, a Justiça do Folião registrou 21 Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCOs), com 29 infratores. Mais que os 18 TCOs com 25 infratores do ano passado. Os números acabam de ser divulgados pelo procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon. Segundo o chefe do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), mesmo assim o resultado foi positivo, uma vez que mais de 2 milhões de foliões participaram do desfile do maior bloco carnavalesco do mundo. A novidade deste ano foi a instalação de um núcleo da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), encarregada de resolver casos envolvendo crianças e adolescentes em conflito com a lei.


De acordo com o chefe do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o folião pernambucano está consciente de que carnaval é uma festa que existe para se brincar e não para brigar. “Além disso, quem desfila no Galo da Madrugada sabe que a Justiça se faz presente no foco da folia e que todo infrator é julgado na hora, mais rápido que frevo rasgado”, observa Fenelon. Para ele, "a justiça não pode atuar em ritmo de frevo canção e sim julgar no compasso do frevo rasgado e o Juizado do Folião dá bem esse exemplo”, completa.

Também nos dois núcleos funcionou o Instituto Tavares Buril (ITB), que forneceu na hora os antecedentes criminais de cada infrator ou acusado. Por sua vez, o Instituto de Criminalística (IC) realizou perícias nos materiais apreendidos com acusados ou infratores, determinando em poucos minutos se eram drogas ou não. Já o Instituto Médico Legal (IML) realizou exames de corpo de delito nas vítimas ou acusados.

A exemplo do ano passado, a Justiça do Folião funcionou em dois núcleos – um no Fórum Thomaz de Aquino e outro na Estação Central do Metrorec. Em cada núcleo atuaram um promotor de Justiça, um juiz de Direito, defensores públicos, advogados, delegados de Polícia e peritos do IML e do IC. No Forum Thomaz de Aquino atuou o promotor de Justiça José Bispo de Melo, enquanto na Estação do Metrorec atuou o promotor de Justiça Marcellus Ugiette.




Do JC Online

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem