quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A Implanor, em Aliança, Zona da Mata Norte fabrica equipamentos agrícolas com tecnologia de ponta


Altos custos atrapalham produção sucroalcooleira no NE






O setor sucroalcooleiro está cada vez mais modernizando seu formato de trabalho e os pleitos dos agentes são relevantes. Fonte de desenvolvimento tecnológico, a empresa pernambucana Implanor, que desenvolve e fabrica equipamentos agrícolas com tecnologia de ponta, em Aliança, Zona da Mata Norte do Estado, é destaque para a boa diversificação do desenvolvimento tecnológico da produção do setor e percebe diretamente os entraves para o avanço. À frente do Grupo, o presidente José Guilherme Queiroz apresentou o histórico do maquinário no campo da cana-de-açúcar e as novas contribuições da empresa para o setor e as dificuldades encontradas para o bom desenvolvimento da atividade no Nordeste.

“O setor sucroalcooleiro sempre teve dificuldades. Vivemos sob um regime de custos únicos. Só o Brasil onera tanto o produtor. E isso inclui os avanços tecnológicos do setor. O corte de cana manual tem custos pesados, e que oneram bastante o orçamento das empresas. A tecnologia ajuda, mas exige muitos requisitos do produtor para modernizar o processo”, explicou o presidente da Implanor.

O assunto foi explorado na palestra “Colheita Mecanizada”, de Guilherme Queiroz, no segundo dia da Norcana 2012, evento que acontece na sede da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFPC), no bairro da Imbiribeira, no Recife, com patrocínio da Folha de Pernambuco, e vai até hoje. A feira começou na última segunda-feira e tem atraído produtores de cana, industriais, órgãos de classe e diversas autoridades do setor privado e público para conferir as palestras e as oportunidades de negócios.

Ainda em sua apresentação, Queiroz pediu que o setor prestigiasse todos os produtos da Implanor. “A solução para a problemática do Nordeste está no próprio Nordeste. Temos que nos promover por aqui. O que se produz no Sudeste, principalmente em São Paulo, onde há melhores condições para o plantio de cana, inclusive, não está diretamente nos atendendo”, justificou.

Entre os vários modelos exibidos no histórico do maquinário do setor, as novidades geraram debates dos espectadores. A cortadeira inédita é um bom exemplo. Para se ter uma ideia, a máquina tem capacidade de cortar 20 quilos de cana por hora, com excelente performance em solo inclinado. “Além disso, estamos estudando e de maneira bem avançada a produção de uma máquina com iluminação em LED para atuar à noite e nos permitindo dobrar a produção”, antecipou.

Da Folha PE