(Foto: Divulgação)
Abnegando ao salário que, se eleito, tem direito a receber para exercer a função, o candidato a vice-prefeito na chapa do PSOL em Caruaru, Severino Melo (PSOL), decidiu registrar em cartório um documento em que afirma que doará a remuneração. Por força de lei aprovada pela Câmara de Vereadores, o prefeito do município e seu vice têm direito à remuneração de R$ 9 mil e R$ 6 mil, respectivamente. A verba dos 48 meses – além dos 13º salários – , de acordo com o termo, será repassada a entidades carentes e sem fins lucrativos. A “bagatela” dá algo em torno de R$ 312 mil em renúncia.
O termo assinado por Severino Melo, que é servidor aposentado da Polícia Federal e advogado, foi entregue ao 1º Registro de Títulos, Documentos e de Pessoas Jurídicas, Severino no dia 7 de agosto, mas somente agora foi divulgado à Imprensa. No documento, o candidato a vice também pede o registro do slogan de campanha, onde cutuca adversários e agentes que transformam a política em emprego e passa a ter dependência dos cargos.
Em nota, Severino Melo critica a postura de políticos que enveredam para a vida pública por conta das benesses e do aumento do patrimônio. O candidato do PSOL considera ainda que as “quatro mazelas” da política brasileira estão no “Analfabetismo Político”, nos partidos com dono, nos “políticos profissionais” e na reeleição.
“Estou muito tranquilo naquilo que faço e naquilo que penso de mim. Pois, pouco me importa o que pensam de mim, o importante é o que eu penso de mim e a isso dá-se o nome de caráter”, escreveu Severino Melo, em outro trecho.Severino Melo cita que na primeira vez que tentou ingressar à vida pública, quando disputou uma vaga na Câmara do Recife, em 2000, já havia firmado o compromisso de renunciar ao salário e regalias que o cargo proporciona. Em 2004 e 2008, dessa vez em Caruaru, o candidato do PSOL voltou a concorrer um mandato no Legislativo municipal. “Se o dinheiro da aposentadoria vem do povo e o salário do mandato também, é justo, portanto, que o salário temporário seja devolvido ao sofrido povo, através de instituições filantrópicas, caritativas, beneficentes, sérias e legalmente instituídas. Mas, isto é proposta de primeiro mundo e é possível que não esteja ao alcance do pronto atendimento do eleitor comum, que só deverá valorizá-la depois que a perdê-la”, assinalou, em nota.


Informação do Blog da Folha PE