Federação PE Futebol teme possível cancelamento das Séries C e D

Entre recursos na Justiça Comum e tentativas de cassação de liminares, as séries C e D continuam paralisadas. Nos Tribunais, cinco clubes – Rio Branco/AC, Araguaína/TO, Tre­ze/PB, Brasil de Pelotas/RS e Santo André/SP -, disputam duas vagas na Terceirona. Na indefinição dos participantes das duas divisões repousa o maior empecilho para a bola rolar. A demora serve como fermento para os rumores que apontam a possibilidade de as competições não ocorrerem neste ano. Durante a semana, o presidente da Federação Per­nam­bu­ca­na de Futebol (FPF),

Evandro Barros, participou de reuniões, no Rio de Janeiro, para encontrar saídas para o impasse. Segundo o mandatário, apesar de nada estar definido, é preciso acender o sinal de alerta. “Não existe uma resolução quanto ao cancelamento dos campeonatos, o que há é uma preocupação minha e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). São muitas liminares antagônicas, o que pode levar a um momento em que não exista mais solução”, explica o mandatário.

Desde o dia 23 de maio, as competições foram suspensas pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Rubens Approbato. A informação sobre a possível não realização dos campeonatos foi divulgada com base nas declarações do advogado Osvaldo Sestário, representante do Santo André/SP. Contudo, procurado pela reportagem da Folha de Pernambuco, Sestário tratou de contradizer o alarde. “Posso dizer que a notícia é infundada, não procede.

 A CBF está procurando cassar as liminares para poder dar início às competições”, explica o advogado. No entanto, na tarde de ontem, o recurso da entidade máxima do futebol brasileiro, que visava anular as ações movidas pelo Treze/PB, foi indeferido pelo desembargador Genésio Gomes Pereira Filho, do Tribunal de Justiça da Paraíba. Evidência que a situação é mes­mo delicada.
Outra questão levantada diz respeito a uma suposta economia de R$ 30 milhões que a CBF faria, caso a Terceira e a Quarta Divisão realmente não viessem a acontecer.

O que também foi desmentido. “Se não houver os campeonatos, os prejuízos serão muito maiores”, argumenta Osvaldo Sestário. A assessoria da CBF foi contactada, mas como o expediente da entidade é encerrado às 18h, não havia ninguém disponível para esclarecer o caso. As previsões mais otimistas apontam o domingo, 10 de junho, como a data mínima para a abertura dos campeonatos.

Folha PE

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