terça-feira, 6 de março de 2012

Prefeito de Recife deve ter suas contas rejeitadas pelo TCE



Prefeito de Recife deve ter suas contas rejeitadas pelo TCEA Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE) adiou o julgamento de prestação de contas do prefeito do Recife, João da Costa (PT), referente ao primeiro ano de mandato do petista (2009). Apesar do adiamento, o relator do processo, conselheiro Carlos Porto, antecipou a leitura de seu relatório, que recomenda à Câmara de Vereadores a rejeição das contas do gestor. Segundo o relatório do conselheiro, a Prefeitura não aplicou o percentual mínimo preconizado na Constituição Federal em Educação, que é de 25%.


Durante a justificativa, o relator do TCE observou que a Prefeitura do Recife aplicou, em 2009, 20,67% do orçamento municipal na área, quando a Constituição Federal determina que Estados e municípios gastem, no mínimo, 25% do total arrecadado.


De acordo com um levantamento do TCE, para aquele ano, era previsto o investimento de R$ 396.880.600,95, mas foram investidos R$ 328.144.865,73, deixando um saldo de R$ 68.735.735,22.
Analisando o período de 2004 a 2010, tempo que compreende o segundo mandato do ex-prefeito João Paulo (PT) até a metade da gestão de João da Costa, a Prefeitura aplicou os percentuais estabelecidos pela legislação federal apenas em 2004, que foi de 25,28%.


"Dos dados obtidos, vê-se que, desde o exercício financeiro de 2005, a Prefeitura da Cidade do Recife não vem conseguindo aplicar na manutenção e desenvolvimento do ensino, o mínimo exigido pela Constituição Federal. Especificamente, em 2009, de acordo com o Relatório de Auditoria, o valor mínimo a ser aplicado seria R$ 396.880.600,95, mas só foram investidos R$ 328.144.865,73, ou seja, deixou-se de aplicar a quantia de R$ 68.735.735,22″, revelou o conselheiro Carlos Porto, em seu voto.


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Foto: Andréa Rêgo Barros/Arquivo