Um dos pedidos do movimento, que reúne integrantes de Pernambuco, mas também de outros estados do
Nordeste como Piauí, Paraíba e Ceará, é o reassentamento de famílias atingidas por barragens. “No momento, não tem ainda uma política de governo para garantir os direitos da população atingida e ninguém sabe ao certo quem é o responsável por essa violação, as empresas ou os governantes. Queremos reassentar de maneira digna as famílias, com moradia digna, com saúde, estrada, cultura, lazer, educação. Elas pagaram um preço muito alto ao deixar suas terras”, reclama o coordenador nacional do MAB, Osvaldo Bernardo. O protesto não se refere a nenhuma barragem especificamente.
O coordenador afirma que os manifestantes não têm prazo para deixar o prédio. “Essa ação faz parte de uma jornada de luta nacional e internacional do MAB. Onde se constrói barragem, a população é violentada nos seus direitos. A gente veio ocupar a Chesf de maneira simbólica. Lutamos também para que o setor que gera energia não seja privatizado”, explica Osvaldo Bernardo.
O MAB também está contra a construção de novas barragens no país. “Vamos ocupar também a Eletrosul, Eletronorte e a Eletrobrás. A gente luta para que não seja construída nenhuma barragem a mais no Brasil, o que a gente tem de energia produzida hoje dá para todo mundo”, opina o coordenador.
A Chesf informou que houve uma negociação para que algumas pessoas das áreas de informática e financeira pudessem entrar no prédio ocupado para trabalhar. Os diretores da entidade estão reunidos no edifício anexo à sede, discutindo que medidas podem ser tomadas e, ainda nesta terça-feira, o presidente da companhia, João Bosco de Almeida, deve se manifestar sobre o assunto.
Do G1 PE