Agenciadora cobra R$ 350 de candidatos por vaga que seria garantida. Contratações não ocorreram
Um intermediário, até agora não identificado
pelas autoridades, "vendeu" empregos nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em
Suape, para trabalhadores no Maranhão e no Piauí. O problema é que, depois de
pagar R$ 350 a título de agenciamento de emprego e pela viagem, quando as mais
de 50 pessoas chegaram em Pernambuco não conseguiram vagas de trabalho e, a
princípio, não teriam nem o valor investido reembolsado.
A responsável pelo agenciamento não foi
identificada ainda, mas a briga foi parar, nesta terça-feira, no Ministério
Público do Trabalho (MPT-PE). É que os empregos oferecidos eram no Consórcio
Ipojuca, que toca parte das obras da refinaria, e a empresa de fato se envolveu
na seletiva dos trabalhadores, embora não tenha contratado ninguém.
"Abandonei um emprego certo porque aqui eu
ganharia mais. Queria ajudar minha família", lamenta Charleson da Cruz Pereira,
30 anos. O pessoal que foi ao MPT ficou mais de uma semana no Estado, com
hospedagem e despesa paga pelo consórcio. Mas precisou reclamar para receber de
volta os R$ 350. Eles querem ainda uma compensação pelo tempo à disposição do
suposto contratante, em valores proporcionais ao salário.
Segundo os trabalhadores, outros dois ônibus
cheios de gente de outros Estados chegaram a Suape, mas foram proibidos de
realizar o desembarque do pessoal.
A Petrobras assumiu a responsabilidade em se
posicionar sobre o caso, mas ainda não respondeu.